quinta-feira, 16 de junho de 2011

Ocultismo Versus Artes Ocultas – Por Miguel Montte (Traduzindo Helena P. Blavatsky)

(Extraído do livro "Ocultismo Prático", de Helena P. Blavatsky, Editora Teosófica, Brasília-DF)
"Tantas vezes ouvi dizer, mas jamais até então acreditara, Que houvesse pessoas que, por meio de poderosos encantamentos mágicos, Dobrassem aos seus vis propósitos as leis da Natureza."

Suas concepções dos poderes que o Ocultismo confere ao homem, e dos meios necessários para consegui-los, são tão variados quanto fantasiosos. Alguns imaginam que tudo que necessitam para tornar-se um Zanoni, é um mestre na arte para indicar o caminho. Outros crêem que se tem apenas de atravessar o Canal de Suez e ir até a Índia para transformar-se num Roger Bacon ou mesmo num Conde St. Germain. Muitos adotam Margrave como seu ideal, com sua juventude sempre a se renovar, e pouco se importam com a alma como o preço a ser pago por isso. Muitos confundem "Feitiçaria", pura e simples, com Ocultismo - "através do sumidouro da Terra, a partir das trevas do rio Estige, subi, fantasmas descarnados, para regiões de luz" - e desejam, com a força deste feito, ser tratados como Adeptos de plena grandeza. "A Magia Cerimonial", de acordo com as regras irreverentemente apresentadas por Eliphas Levi, constitui um outro alter ego imaginário da filosofia dos antigos Arhats. Em suma, os prismas através dos quais o Ocultismo aparece, para aqueles inocentes da filosofia, são tão multicoloridos e variados como lhes pode tornar a fantasia humana.
Será que esses candidatos à Sabedoria e ao Poder sentir-se-iam muito indignados se lhes fosse contada a verdade pura e simples? Não é apenas útil, mas agora se tornou necessário desiludir a maioria deles, e antes que seja tarde demais. Esta verdade pode ser dita em poucas palavras: Não há, no Ocidente, entre as centenas de pessoas fervorosas que se dizem "Ocultistas", nem mesmo meia dúzia que tenham sequer uma idéia aproximadamente correta da natureza da ciência que eles procuram dominar. Com umas poucas exceções, estão todos no caminho que leva à Feitiçaria. Que eles restabeleçam um pouco de ordem no caos que reina em suas mentes antes de protestarem contra esta afirmativa. Deixemos que primeiro aprendam a verdadeira relação entre Artes Ocultas e Ocultismo, e a diferença entre ambos, e então se enfureçam se ainda se acharem com razão. Enquanto isso, deixemos que aprendam que o Ocultismo difere da Magia e das outras Artes Secretas como o glorioso Sol difere de uma luz fugidia, assim como o imutável e imortal Espírito do Homem - o reflexo do TODO Absoluto, sem causa e incognoscível - difere do barro perecível - o corpo humano.
Em nosso Ocidente altamente civilizado, onde as línguas modernas têm evoluído e novas palavras têm sido cunhadas sob o influxo de novas idéias e pensamentos - como tem acontecido com todas as línguas - quanto mais estes pensamentos se tornam materializados na fria atmosfera do egoísmo ocidental e sua busca incessante pelos bens deste mundo, tanto menos se sente qualquer necessidade para a produção de novos termos que expressem aquilo que se considera implicitamente como absoluta e desacreditada "superstição". Tais palavras poderiam apenas responder a idéias que dificilmente se suporia um homem culto pudesse abrigar em sua mente.
"Magia" é um sinônimo para prestidigitação; "Feitiçaria", um sinônimo para ignorância crassa; e "Ocultismo", os tristes restos mortais de perturbados filósofos medievais do Fogo, dos Jacob Boehmes e os St. Martins, expressões que se acredita mais que amplamente suficientes para cobrir todo o campo da "falcatrua". São termos de desprezo, e geralmente usados apenas com relação à escória e aos resíduos das idades das trevas e dos períodos de eons de paganismo que os precederam. Por isso, não possuímos termos na língua portuguesa para definir e matizar a diferença entre tais poderes paranormais e as ciências que levam à posse deles, com a refinada precisão que é possível nas línguas orientais - preeminentemente no sânscrito. O que palavras como "milagre" e "encantamento" (palavras afinal idênticas em significado, já que ambas expressam a idéia de produzir coisas maravilhosas transgredindo as leis da Natureza [!!], como explicado pelas autoridades reconhecidas), significam àqueles que as ouvem ou as pronunciam? Um cristão acreditará piamente em milagres - não obstante "transgridam as leis da Natureza" - porque se diz terem sido produzidos por Deus através de Moisés; por outro lado, rejeitará os encantamentos produzidos pelos mágicos do Faraó ou irá atribuí-los ao demônio. É este último que nossos piores inimigos associam ao Ocultismo, enquanto seus ímpios desafetos, os infiéis, riem-se de Moisés, dos Mágicos, e dos Ocultistas, e enrubesceriam se tivessem que dedicar um pensamento sério a tais "superstições". Isto porque não existe qualquer termo para mostrar a diferença; não há palavras para expressar as luzes e sombras e desenhar a linha demarcatória entre o sublime e verdadeiro, em relação ao absurdo e ridículo. Os últimos são interpretações teológicas que ensinam "a transgressão das leis da Natureza" pelo homem, por Deus, ou pelo diabo; os primeiros - os "milagres" científicos e os encantamentos de Moisés e dos Magos de acordo com as leis naturais, ambos tendo sido aprendidos em toda Sabedoria dos Santuários, que eram as "Sociedades Reais" daqueles dias - e no verdadeiro OCULTISMO. Esta última palavra certamente se presta a equívocos, traduzida como foi da palavra composta Gupta-Vidyâ, "Conhecimento Secreto". Mas conhecimento de quê? Alguns dos termos sânscritos nos podem ajudar.
Há quatro nomes (dentre muitos outros) para designar os vários tipos de Conhecimento ou Ciência Esotéricos, mesmo nos Purânas exotéricos. Há (1) Yajña-Vidyâ, conhecimento dos poderes ocultos despertados na natureza pela realização de certas cerimônias e ritos religiosos. (2) Mahâvidyâ, o "grande conhecimento", a magia dos cabalistas e da adoração Tântrica, geralmente Feitiçaria da pior espécie. (3) Guhya-Vidyâ, conhecimento dos poderes místicos residentes no Som (Éter), conseqüentemente nos Mantras (preces cantadas ou encantamentos), que dependem do ritmo e da melodia usados; em outras palavras, uma performance mágica baseada no conhecimento das Forças da Natureza e suas correlações; e (4) ÂTMA-VIDYÂ, um termo que é traduzido simplesmente como "Conhecimento da Alma", Sabedoria verdadeira pelos orientalistas, mas que significa muitíssimo mais.
Âtma-Vidyâ é, assim, o único tipo de Ocultismo que qualquer teósofo que admirasse Luz no Caminho, e que fosse sábio e altruísta, deveria esforçar-se por alcançar. Tudo o mais é apenas algum ramo das "Artes Ocultas", i.e., artes baseadas no conhecimento da essência última de todas as coisas nos reinos da Natureza - tais como minerais, vegetais e animais - portanto das coisas pertencentes à esfera da natureza material, por mais que aquela essência possa ser invisível, e tenha escapado até agora à compreensão da Ciência. A Alquimia, a Astrologia, a Fisiologia Oculta, a Quiromancia existem na Natureza, e as Ciências exatas - assim chamadas talvez porque elas sejam julgadas o inverso disso, nesta era de filosofias paradoxais - já descobriram não poucas das artes acima. Mas a clarividência, simbolizada na Índia como o "Olho de Shiva", ou chamada "Visão Infinita" no Japão, não é hipnotismo, o filho ilegítimo do mesmerismo, e não pode ser adquirida por tais artes. Todas as outras podem ser dominadas e se pode obter resultados, sejam bons, maus, ou indiferentes; mas são de pouco valor do ponto de vista de Âtma-Vidyâ. Âtma-Vidyâ inclui todas elas e pode até mesmo usá-las eventualmente, para propósitos benéficos, mas não sem antes purificá-las de sua escória, e tomando o cuidado de destituí-las de todo elemento de motivação egoísta. Deixe-nos explicar: Qualquer homem ou mulher pode pôr-se a estudar uma ou todas das "Artes Ocultas" acima especificadas sem qualquer grande preparação prévia, e mesmo sem adotar qualquer modo de vida demasiado restritivo. Poder-se-ia até mesmo prescindir de qualquer padrão elevado de moralidade. No último caso, certamente, as probabilidades são de dez para um que o estudante iria se transformar num tipo de feiticeiro razoável, e prestes a cair abruptamente na magia negra. Mas o que pode isso importar? Os Vodus e os Dugpas comem, bebem e se divertem com as hecatombes de vítimas de suas artes infernais. E assim também os afáveis cavalheiros vivisseccionistas e os "Hipnotizadores" diplomados das Faculdades de Medicina; a única diferença entre as duas classes é que os Vodus e Dugpas são feiticeiros conscientes, e os seguidores de Charcot-Richet são feiticeiros inconscientes. Assim como ambos têm que colher os frutos de seus trabalhos e feitos na magia negra, os praticantes ocidentais não deixarão de conseguir lucros e satisfações sem receber a punição e a reputação correspondentes a tais práticas; repetimos, portanto, que o hipnotismo e a vivissecção, como praticados em tais escolas, são feitiçaria pura e simples, privados do conhecimento do qual desfrutam os Vodus e Dugpas , e que nenhum Charcot-Richet pode obter por si mesmo em cinqüenta anos de intenso trabalho e observação experimental. Deixe¬mos, então, aqueles que querem intrometer-se na magia - quer eles entendam sua natureza ou não, mesmo que considerem as regras impostas aos estudantes muito difíceis e por isso ponham de lado Âtma-Vidyâ ou Ocultismo - seguirem sem esse conhecimento. Deixemos que se tornem magos de qualquer maneira, mesmo que se tornem Vodus e Dugpas pelas próximas dez encarnações.
Mas o interesse de nossos leitores estará provavelmente centrado naqueles que são inexoravelmente atraídos para o "Oculto", embora nem façam idéia da verdadeira natureza daquilo a que aspiram, nem se tenham tornado livres das paixões, e muito menos, verdadeiramente altruístas.
Então, o que dizer a respeito destes desventurados, nos perguntarão, que desse modo são dilacerados pelo meio por forças conflitantes? Pois já foi comentado por demais para que se precise repetir, e o fato em si é obvio a qualquer observador, que uma vez que o desejo pelo Ocultismo tenha realmente despertado no coração de um homem, não lhe resta qualquer esperança de paz, nenhum lugar para descanso ou conforto em todo o mundo. Ele é impelido para os locais selvagens e desolados da vida por um incessante tormento e uma inquietude que não consegue apaziguar. O seu coração está demasiado cheio de paixão e desejo egoísta para lhe permitir passar pelo Portal de Ouro; ele não consegue encontrar descanso ou paz na vida comum. Terá ele então de cair inevitavelmente na feitiçaria e na magia negra, e através de muitas encarnações acumular para si um carma terrível? Não há outro caminho para ele?
Certamente que há, respondemos. Que ele não aspire a mais do que aquilo que se sinta capaz de realizar. Que ele não escolha carregar um fardo pesado demais para si. Sem nem mesmo exigir dele que se torne um Mahatma, um Buda ou um Grande Santo, deixe-se que estude a filosofia e a "Ciência da Alma", e ele poderá tornar-se um dos modestos benfeitores da Humanidade, sem qualquer dos poderes "super-humanos". Os Siddhis (ou os poderes do Arhat) são reservados unicamente para aqueles que são capazes de consagrar sua vida, sujeitar-se aos terríveis sacrifícios exigidos por um tal treinamento, e sujeitar-se a eles ao pé da letra. Que eles saibam de uma vez por todas e lembrem sempre que o verdadeiro Ocultismo ou Teosofia é a "Grande Renúncia ao eu", incondicional e absolutamente, tanto em pensamento como em ação. É ALTRUÍSMO, e também lança aquele que o pratica totalmente para fora do cômputo das fileiras dos vivos. "Não para si, mas para o mundo, ele vive", tão logo tenha comprometido a si mesmo com a obra. Muito é perdoado durante os primeiros anos de provação. Mas tão logo seja ele "aceito", sua personalidade tem de desaparecer, e ele tem de se tornar uma mera força benéfica da Natureza. Depois disso, só há dois pólos opostos perante ele, duas sendas, e nenhum lugar intermediário para descanso. Ou ele ascende trabalhando com afinco, degrau por degrau, geralmente através de numerosas encarnações e sem intervalo para repouso no Devachan, à escada de ouro que leva à condição de Mahttma (a condição de Arhat ou Bodhisattva), - ou ele se permitirá escorregar escada abaixo ao primeiro passo dado em falso, e despencar até a condição de Dugpa...
Tudo isso ou é desconhecido ou totalmente deixado de lado. Na realidade, aquele que é capaz de seguir a evolução silenciosa das aspirações preliminares dos candidatos, com freqüência descobre estranhas idéias que vão mansamente tomando posse de suas mentes. Há aqueles cujas faculdades de raciocínio foram tão distorcidas por influências estranhas, que imaginam que as paixões animais podem ser de tal modo sublimadas e elevadas que sua fúria, força e fogo podem, por assim dizer, ser dirigidas para dentro; que elas podem ser armazenadas e reprimidas em seu peito, até que sua energia seja, não-expandida, mas direcionada para propósitos mais elevados e mais sagrados: isto é, até que sua força coletiva e não-expandida permita ao seu possuidor entrar no verdadeiro Santuário da Alma e lá permanecer na presença do Mestre - o EU SUPERIOR. Em nome deste propósito, eles não lutarão com suas paixões nem as matarão. Eles simplesmente, por um forte esforço de vontade, acalmarão as violentas chamas e as manterão encerradas dentro de suas próprias naturezas, permitindo ao fogo arder sob uma fina camada de cinzas. Eles se submetem jovialmente à tortura do menino espartano que preferiu permitir à raposa devorar suas entranhas a desfazer-se dela. Oh, pobres visionários cegos!
Seria o mesmo que esperar que um bando de limpadores de chaminés bêbados, exaltados e sujos por causa de seu trabalho, pudessem ser encerrados num Santuário coberto com o linho mais puro e branco, e que, em vez de com sua presença sujar e transformar o lugar num monte de retalhos imundos, eles se tornassem mestres do recinto sagrado, e que finalmente de lá saíssem tão imaculados quanto o próprio recinto. Por que não imaginar que uma dúzia de gambás aprisionados na atmosfera pura de um Dgon-pa (mosteiro) possam sair dali impregnados com todos os perfumes e incensos lá usados?... Estranha aberração da mente humana. Poderia isto ser possível? Investiguemos.
O "Mestre", no Santuário de nossas Almas, é "o Eu Superior" - o espírito divino cuja consciência está baseada na Mente e apenas dela deriva (tal ocorre, de qualquer modo, durante a vida mortal do homem na qual ela se encontra cativa), e à qual convencionamos chamar de Alma Humana (sendo a "Alma Espiritual" o veículo do Espírito). Por sua vez, aquela (a alma pessoal ou humana) é, na sua forma mais elevada, um composto de aspirações espirituais, volições e amor divino; e em seu aspecto inferior, de desejos animais e de paixões terrestres que lhe são transmitidas por sua associação com o seu veículo, a sede de tudo isso. Ela desempenha o papel, portanto, de um elo e um meio entre a natureza animal do homem, a qual sua razão superior tenta subjugar, e a sua natureza espiritual divina em direção à qual ela gravita, sempre que obtiver vantagem em sua luta com o animal interior. Este último é a instintiva "Alma animal", e é o antro daquelas paixões que, como acabamos de mostrar, são acalentadas em vez de aniquiladas, e que alguns entusiastas imprudentes mantêm encerradas em seu peito. Será que eles ainda esperam desse modo transformar a corrente imunda do esgoto animal nas águas cristalinas da vida? E onde, em que terreno neutro, podem elas ser aprisionadas de modo a não afetarem o homem? As violentas paixões do amor e da luxúria ainda estão vivas, e ainda se lhes permite permanecer no lugar de seu nascimento - aquela mesma alma animal; pois tanto as porções superior e inferior da "Alma Humana" ou Mente rejeitam semelhantes companhias, ainda que não possam evitar ser maculadas por tais vizinhos. O "Eu Superior" ou Espírito é tão incapaz de assimilar tais sentimentos como o é a água de se misturar com o óleo ou impurezas líquidas gordurosas. Assim, é apenas a mente - o único vínculo e meio entre o homem da terra e o Eu Superior - que é a única sofredora, e que está em constante perigo de ser tragada por aquelas paixões, que podem ser reavivadas a qualquer momento, e perecer no abismo da matéria. E como pode ela alguma vez se afinar com a divina harmonia do Princípio superior, quando aquela harmonia é destruída pela mera presença de tais paixões animais, dentro do Santuário em preparação? Como pode a harmonia prevalecer e vencer quando a alma está maculada e distraída pelo turbilhão das paixões e pelos desejos terrenos dos sentidos do corpo, ou mesmo pelo "homem Astral"?
Pois este "Astral" - o "duplo" sombrio (tanto no animal como no homem) - não é o companheiro do Ego divino, mas do corpo terrestre. É o vínculo entre o eu pessoal, a consciência inferior de Manas, e o Corpo, e é o veículo da vida transitória, não da vida imortal. Tal qual a sombra projetada pelo homem, ele segue seus movimentos e impulsos servil e mecanicamente, apoiando-se assim na matéria sem jamais ascender ao Espírito. Somente quando o poder das paixões estiver totalmente morto, e elas tiverem sido esmagadas e aniquiladas na retorta de uma vontade inquebrantável; quando não apenas toda luxúria e desejos da carne estiverem mortos, mas também quando o reconhecimento do eu pessoal tiver sido aniquilado, e o "Astral", conseqüentemente, tiver sido reduzido a zero, é que pode ocorrer a União com o "Eu Superior". Assim, quando o "Astral" refletir apenas o homem conquistado, o que ainda vive mas que não mais deseja, a personalidade egoísta, então o brilhante Augoeides, o EU divino, pode vibrar em harmonia consciente com ambos os pólos da Entidade humana - o homem de matéria purificada, e a sempre pura Alma Espiritual - e erguer-se na presença do EU SUPERIOR, o Cristo dos Gnósticos místicos, congraçado, imerso, unido com ELE para sempre.
Como, então, poderia ser possível conceber que um homem entrasse pela "porta estreita" do Ocultismo quando seus pensamentos, a cada dia e hora, estão presos a coisas mundanas, desejos de posse e poder, à luxúria, à ambição, e aos deveres que, embora honrosos, são ainda da terra, terrenais? Mesmo o amor pela esposa e a família - a mais pura e mais altruísta das afeições humanas - é uma barreira ao verdadeiro Ocultismo. Pois se tomarmos como exemplo o sagrado amor de uma mãe por seu filho, ou o de um marido por sua esposa, mesmo nestes sentimentos, quando analisados em profundidade, e examinados criteriosamente, ainda há egoísmo no primeiro, e um egoïsme a deux no segundo exemplo.
Que mãe não sacrificaria, sem hesitar sequer um instante, centenas e milhares de vidas pela vida do seu filho do coração? E que amante ou marido digno deste nome não destruiria a felicidade de qualquer outro homem ou mulher ao seu redor para satisfazer o desejo daquela a quem ele ama? Mas isso é natural, dirão. Certamente, do ponto de vista das afeições humanas; mas não à luz do princípio daquele amor divino universal. Pois, enquanto o coração estiver cheio de pensamentos voltados para um pequeno grupo de eus, que nos são próximos e caros, que valor terá o resto da Humanidade em nossas almas? Que percentagem de amor e cuidado permanecerá para dispensar à "grande órfã"? E como a "ainda pequenina voz" far-se-á ouvida numa alma totalmente ocupada por seus próprios inquilinos privilegiados? Que espaço resta ali onde possam as necessidades da Humanidade imprimir-se em bloco, ou mesmo receber uma rápida resposta? E ainda assim, aquele que poderia lucrar com a sabedoria da mente universal tem que alcançá-la através do todo da Humanidade sem distinção de raça, cor, religião ou posição social. É o altruísmo e não o egoísmo, mesmo em sua concepção mais nobre e legal, que pode levar o indivíduo a fundir o seu pequeno eu no Eu Universal. É para estas necessidades e para esta obra que o verdadeiro discípulo do verdadeiro Ocultismo tem de se devotar se quiser alcançar a teosofia, a Sabedoria e o Conhecimento Divinos.
O aspirante tem de escolher absolutamente entre a vida do mundo e a vida do Ocultismo. É inútil e vão empenhar-se em unir os dois, pois ninguém pode servir a dois mestres e satisfazer a ambos. Ninguém pode servir ao seu corpo e à Alma superior, e cumprir com suas obrigações familiares e deveres universais, sem privar um ou outro de seus direitos; pois ou ele dará ouvidos à "ainda pequenina voz" e falhará em ouvir os apelos de seus pequeninos, ou ouvirá apenas os desejos destes e permanecerá surdo à voz da Humanidade. Isso seria uma luta incessante e enlouquecedora para quase todo homem casado que estivesse procurando o verdadeiro Ocultismo prático, em vez de sua filosofia teórica. Pois ele encontrar-se-ia sempre hesitante entre a voz impessoal do divino amor pela Humanidade, e a do amor terreno, pessoal. E isso só poderia conduzi-lo a falhar em um ou outro, ou talvez em ambas as obrigações. Pior do que isto. Pois, quem quer que seja indulgente, uma vez que tenha comprometido a si mesmo com o OCULTISMO, na gratificação de luxúria e amor terrenos, sentirá quase imediatamente um resultado: será irresistivelmente arrastado do estado impessoal divino para o plano inferior da matéria. A autogratificação sensual, ou mesmo mental, envolve a perda imediata dos poderes de discernimento espiritual; a voz do MESTRE não pode mais ser distinguida daquela das paixões pessoais, ou mesmo da voz de um Dugpa; o certo do errado; a firme moralidade do mero casuísmo. O fruto do Mar Morto assume a mais gloriosa aparência mística, apenas para se tornar cinzas nos lábios e fel no coração, resultando em:
"Profundeza mais que profunda, treva mais que escura; A insensatez pela sabedoria, a culpa pela inocência; A angústia pelo êxtase, e pela esperança, o desespero."
E uma vez estando enganados e tendo agido segundo seus erros, a maioria dos homens recusa-se a reconhecer os seus erros, e assim descem, afundando-se cada vez mais baixo na lama. E muito embora seja a intenção que determina primariamente se a prática é de magia branca ou negra, ainda assim os resultados, mesmo da feitiçaria involuntária e inconsciente não deixarão de produzir mau carma. Muito já se falou para mostrar que feitiçaria é qualquer tipo de influência maléfica aplicada em outras pessoas, fazendo com que sofram ou façam outras pessoas sofrerem, por conseqüência. O carma é uma pedra pesada lançada sobre as plácidas águas da vida; e tem de produzir círculos cada vez mais amplos, que se expandem mais e mais, quase ad infinitum. Tais causas, uma vez produzidas, terão de gerar efeitos, e estes evidenciam-se nas justas leis de Retribuição.
Muito disso poderia ser evitado se as pessoas apenas se abstivessem de partir para práticas cuja natureza ou importância elas não compreendem. Não se espera que alguém carregue um fardo além de suas forças e capacidades. Existem "magos de nascença"; Místicos e Ocultistas de nascimento, por direito de herança direta de uma série de encarnações e eons de sofrimentos e fracassos. Estes são "à prova de paixões", por assim dizer. Nenhum fogo de origem terrena pode inflamar quaisquer de seus sentidos ou desejos, nenhuma voz humana pode encontrar resposta em suas almas, exceto o grande clamor da Humanidade. Apenas estes podem ter certeza do sucesso. Mas somente podem ser encontrados em lugares distantes e ermos, e eles passam pelas estreitas portas do Ocultismo porque não carregam qualquer bagagem de sentimentos humanos transitórios consigo. Livraram-se do sentimento da personalidade inferior, paralisaram desse modo o animal "astral ", e assim a porta de ouro, conquanto estreita, se abre ante eles. Tal não ocorre com aqueles que ainda precisam carregar por várias encarnações os fardos dos pecados cometidos em vidas prévias, e mesmo em suas vidas atuais. Para esses, a não ser que prossigam com grande cuidado, a porta de ouro da Sabedoria pode ser transformada na porta larga, "o espaçoso caminho que conduz à perdição", e por isso "muitos são os que entram por ele". Esta é a Porta das Artes Ocultas, praticadas por motivos egoístas e sem contar com a moderadora e benéfica influência de ÂTMA-VIDYÂ! . Estamos no período de Kali Yuga, e sua influência fatal é mil vezes mais poderosa no Ocidente do que no Oriente; daí as presas fáceis dos Poderes da Idade das Trevas neste conflito cíclico, e as muitas ilusões com as quais o mundo está agora labutando. Uma destas, é a relativa facilidade com que os homens fantasiam poder alcançar o "Portal" e atravessar o umbral do Ocultismo sem qualquer grande sacrifício. É o sonho da maioria dos teósofos, sonho inspirado pelo desejo de poder e pelo egoísmo pessoal, e não são tais sentimentos que poderão conduzi-los à meta desejada. Pois, como bem enunciado por aquele que se crê ter sacrificado a si mesmo pela Humanidade - "estreita é a porta e apertado é o caminho que conduz à vida eterna", e portanto "poucos são os que o encontram". Tão apertado na realidade, que à simples menção de algumas das dificuldades preliminares, os apavorados candidatos ocidentais viram as costas e recuam tremendo...
Que parem por aqui e não façam mais tentativas em sua grande fraqueza. Pois, se enquanto viram as costas à porta estreita eles são arrastados por seu desejo pelo Oculto, um passo que seja na direção da Porta espaçosa e mais convidativa daquele mistério dourado que brilha na luz da ilusão, pior para eles! Só podem ser levados aos domínios inferiores do estado de Dugpa, e certamente logo encontrar-se-ão naquela Via Fatale do Inferno, por sobre cujos portais Dante gravou essas palavras:
"Per me si va nella città dolente
Per me si va nell' eterno dolore
Per me si va tra la perduta gente..."
Tradução de Edvaldo de Souza Batista (membro da S. T. pela Loja Koot Hoomi, de Salvador-BA); revisão técnica de Ricardo Lindemann (membro da S. T. pela Loja Dharma, de Porto Alegre-RS).

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O Segredo: A busca da felicidade pelo ocultismo – Por Miguel Montte

Artigo com alto teor de misticismo, voltado para simpatizantes e adeptos ao tema; portanto, caso não goste da matéria, não clique no link.

Conceito: Ocultismo é um conjunto de teorias e práticas cujo objetivo seria desvendar os segredos da natureza, do Universo e da própria Humanidade. O ocultismo trata de um tipo de conhecimento que está além da esfera do conhecimento empírico, o que é sobrenatural e secreto. Não é aceito pela comunidade científica por não compartilhar de suas metodologias. O ocultismo está relacionado aos fenômenos sobrenaturais. Ou seja, são conjecturas metafísicas, e teológicas, algumas das quais oriundas de povos da Antigüidade Clássica.

Conceito: A felicidade é um estado durável de plenitude, satisfação e equilíbrio físico e psíquico, em que o sofrimento e a inquietude estão ausentes. Abrange uma gama de emoções ou sentimentos que vai desde o contentamento até a alegria intensa ou júbilo. A felicidade tem ainda o significado de bem-estar espiritual ou paz interior.
Existem diferentes abordagens ao estudo da felicidade - pela filosofia, pelas religiões ou pela psicologia. O homem sempre procurou a felicidade. Filósofos e religiosos sempre se dedicaram a definir sua natureza e que tipo de comportamento ou estilo de vida levaria à felicidade plena. A felicidade é o que os antigos gregos chamavam de eudaimonia, um termo ainda usado em ética. Para as emoções associadas à felicidade, os filósofos preferem utilizar a palavra prazer. É difícil definir rigorosamente a felicidade e sua medida. Investigadores em psicologia desenvolveram diferentes métodos e instrumentos, a exemplo do "Questionário da Felicidade de Oxford", para medir o nível de felicidade de um indivíduo. Esses métodos levam em conta fatores físicos e psicológicos, tais como envolvimento religioso ou político, estado civil, paternidade, idade, renda etc.

Fiz questão de iniciar o artigo místico desta semana conceitualizando os dois principais tópicos do tema; Ocultismo e Felicidade; Como a palavra Ocultismo nos remetem a algo sombrio, oculto, secreto... mas na verdade, simplesmeste falando, é a forma do homem/mulher se “ocultar” dentro dele mesmo com o objetivo de se conhecer melhor e a partir deste estágio conhecer a sua essencia divina e com isto tentar evoluir.
Felicidade: o termo é genérico.
Ocultismo? Antes que eu lhe encha de “babaquice” do tipo, mais ou menos assim: “Vamos descobrir o véu misterioso que cobre a grande obra do G.´.A.´.D.´.U.´.”... Prefiro simplificar a “frescura” e desvendar o oculto para você leitor(a) que de oculto não tem nada!
Já se olhou no espelho hoje? Se viu bem de pertinho? Olhou bem no fundo dos seus olhos? Então, lhe convido para fazermos um experimento místico que vai lhe levar a uma viagem profunda e logicamente lhe apresentar o oculto que existe dentro de você:
- Mas, precisamos de algumas ferramentas simbólicas; então peguemos uma CRUZ ( Que nos lembra o martírio de Jesus, O Cristo), Três velas brancas ( que nos lembram o fogo da vida que está em nós ) Uma toalha branca ( Que nos lembra a pureza deste que será o nosso santuário) A bíblia aberta em Gênesis ( Que nos lembra a criação diária que teremos que executar )
- Preste bem atenção para depositar estes materiais em uma mesa pequena da forma especificamente a seguir:
- Cubra a mesa com a toalha branca.
- Coloque primeiramente uma vela a sua frente.
- Coloque a segunda Vela do lado Esquerdo da mesa.
- Coloque a Terceira Vela do lado Direito da Mesa... Formando um Triangulo.
- No meio do Triangulo, coloque a CRUZ.
- Bem a sua frente, Coloque a Bíblia. Formando QUATRO pontos, tres pontos triangulares das velas, mais um quarto ponto formado pela biblia e o quinto ponto no centro, se forma com a CRUZ. Acenda as velas...A força Quaternária é fechada neste santuário com o fogo que está em você.
( Se preferir, e for do seu estilo, pode colocar incensos, pois o ambiente ficará mais cheiroso; pode também colocar umas músicas orquestradas bem suaves, que também pode ser gospel ou de outras religiões, o importante é que voce goste da música e se sinta bem.)
- Em uma cadeira confortavelmente sentado a frente deste agora SANTUÁRIO, leia os sete primeiros Salmos, pausadamente, por fim, leia o Salmo 118.
- Após isto, feche os olhos e tente limpar a mente de todos os seus pensamentos... o quanto mais você relaxar melhor será!
- Medite...sinta apenas o ambiente de olhos fechados...sinta você mesmo; sua respiração...as batidas do seu coração...sinta cada célula vibrando no seu corpo... Quanto mais voce sentir o seu corpo, mais estará no OCULTISMO que existe dentro de você mesmo!
- Após isto e se sentindo bem, agradeça a DEUS por este contato com o Divino ter sido realizado em seu ambiente doméstico; assista um bom filme, do lado de quem você ama... porque o dia dos namorados está bem aí...
E, se existe algo “demoníaco” neste experimento das ciências Ocultas que acabei de relatar, então é melhor me queimar na fogueira, porque eu estou com o “diabo no corpo”...
Uma ótima semana e até logo!
eluscohens@oguapore.com.br

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Artigo: Muitos são chamados, poucos escolhidos! Por Miguel Montte.

Texto místico reservado apenas a interessados no assunto; não clique no link, caso não goste do tema.

Ao ser iniciado no último grau de uma Tradicional Ordem Filosófica, (Martinista é rito Franco-Maçônico, para o leitor(a) entender!) o Mestre Iniciático me proferiu em aberto a seguinte profecia: “O Poder lhe é dado, o poder lhe é retirado”... Juro! Que do alto dos meus 130 de QI´s demorei a entender a frase, e juro que só vou entender, quando a casa cair! E se cair!
Que poder é este que posso perder? E qual poder que recebi?
Pois bem leitor(a), fato é que existem coisas explicáveis apenas no silêncio de uma grande meditação; talvez tenha sido esta meditação que Jesus a realizou por quarenta ( 40: Força Quaternária ) dias no deserto, e pela qual o Demônio tentou seduzi-lo; será que através desta meditação, Yeshua refletiu por qual dos poderes ele decidiria, o da terra (Poder da Fortuna) e do Céu (Poder Espiritual)... Enfim, que poder é este?
E que poder é este que só alguns escolhidos que podem recebê-lo? Mas, e porque muitos são chamados?
Indagações vagueiam pela mente do místico e acredito piamente que nunca cessarão; pois, através das perguntas que se chegam às respostas. De uma coisa tenho certeza, e este é um dos caminhos de se exercer o poder:
- Não existe lugar no misticismo para astro pop-star e nem para preguiçoso.
- Àquele que tenta impedir a evolução de um neófito para que este não seja superior ao mestre, perderá o poder.
- O Poder destrói aquele que não o tenha.
- Ninguém exerce um cargo filosófico (Místico) por indicação, a não ser pelo poder através do qual o está investido.
- Há chama que não se apaga, é para a eternidade, tanto quanto o amor.
- A tentação para a corrupção é exercida através do poder material, logo quando, falta o poder espiritual.
- Passes, toques e palavras sagradas são utilizados para demonstração de afeição e sincronismo espiritual e não para conotação em se perpetuar força material.
- Corpo material é o veículo da alma; refletem um ao outro.
- Um verdadeiro iniciado não é notado pelos anéis, pulseiras, e broches que lhes qualificam; mas, pela luz que resplandece do seu semblante e ilumina por onde passa.
- Mulh.´. É o veículo utilizado por forças demoníacas para fazer cair à essência divina.
- O Poder lhe é dado sob o céu e a terra;
-E o que está entre o céu e a terra?
- A Natureza.
-E o que tem na natureza?
- Tudo e o Nada.
- O poder lhe é retirado quando vemos nada no tudo!
- (...)
Talvez exercendo o fascínio dificílimo destas poucas linhas supra citadas, o cidadão poderá exercer o poder... O poder outorgado por Deus para ajudar ao próximo em estágio evolutivo inferior.
Sendo assim, eu sou tudo no nada, e nada no tudo!(22)
Bom final de semana, reflitam!
eluscohens@oguapore.com.br

sexta-feira, 27 de maio de 2011

E se eu falasse a língua dos anjos? – Por Miguel Montte.

Artigo este dedicado especialmente a Clívia... Um anjo em revelação...


Geralmente recebo no meu e-mail (miguelmonte@oguapore.com.br) diversas solicitações em temas de artigos dos quais os leitores fazem questão que eu os discorra; e como aqui quem manda é o “freguês”, digo, leitor, então a pauta de hoje é o amor! (Pense no especialista no tema?) logicamente que aproveitando o gancho bíblico em coríntios 13 e de fundo sendo iluminado pela melodia de Renato Russo em seus versos maravilhosos... Damos à seqüência:

- Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
...
- E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e näo tivesse amor, nada seria.
...

- E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e näo tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
...

- O amor é sofredor, é benigno; o amor näo é invejoso; o amor näo trata com leviandade, näo se ensoberbece.
...

- Näo se porta com indecência, näo busca os seus interesses, näo se irrita, näo suspeita mal;
...

- Näo folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
...

- Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
...

- O amor nunca falha; mas havendo profecias, seräo aniquiladas; havendo línguas, cessaräo; havendo ciência, desaparecerá;
...

- Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
...

- Mas, quando vier o que é perfeito, entäo o que o é em parte será aniquilado.
...

- Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
...

- Porque agora vemos por espelho em enigma, mas entäo veremos face a face; agora conheço em parte, mas entäo conhecerei como também sou conhecido.
...

- Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
...

Como o nobre leitor prestou atenção, postei reticências entre as lacunas do nobre texto bíblico, pois na minha concepção não existe nada mais místico que esta mensagem... Mas, toda obra tem que ser retocada com o passar dos tempos, então, estas reticências são os espaços dos quais o nobre leitor(a) irá escrever o seu tema (amor) e me enviar pelo e-mail (miguelmonte@oguapore.com.br) assim, o farei publicar e como diria os filósofos pagodeiros da atualidade: “vamos juntos” iluminar as pessoas... Bom final de semana!
Miguel Montte.
eluscohens@oguapore.com.br

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Oi, Sou Miguel, Como posso lhe servir? Por Miguel Montte.

Sabe àquelas horas em que nos perguntamos: “O que estou fazendo aqui?” Pois é! Chega uma hora em que o Tio Patinhas deixa de “nadar” em sua ”caixa-forte”, cheia de moedas de ouro, e sai por aí a passear com seus sobrinhos... Curtindo a vida, fazendo nada... Ou, sendo tudo na vida de alguém. Estamos chegando a um nível exagerado de isolamento para com o mundo do qual só comparamos em filmes de George Lucas. Carro com vidro fumê; casas com altos muros, empresas com secretarias exigentíssimas, e um farto aparato tecnológico para separar-nos do mundo, propriamente dito... Sem contar os cargos, que nos destacam da plebe: Sou Jornalista! Sou Médico! Sou Advogado! Sou isto, sou aquilo... São tantas formas de destaques que mais parecemos um burro de cigano: De tão enfeitado!
O caro(a) Leitor(a) já parou para analisar qual foi o dia em que apenas falou para alguém: Oi, Sou João... Simplesmente isto... Tudo Bem? Como posso lhe ser útil? São frases tão simples em serem ditas, mas tão escassas em nosso dicionário atualmente. Contudo, é corriqueiro antes do nome nos destacar: Sou Doutor. Sou Mestre. Sou o cara!
Estamos tão isolados em uma redoma, da qual criamos, que fica até impossível prestar um serviço para a população, ou até mesmo nos aproximarmos dela. Pergunto-me, como seria se Mahatma Gandhi direcionasse aos simples mortais: OI, sou Gandhi, advogado formado em Londres, e vou libertar a Índia! Ou se Martin Luther King falasse pra gente: Oi, sou o cara, vou fazer um discurso que vai mudar o mundo! Ou se Madre Teresa de Calcutá pedisse para alguém fundar uma entidade por codinome “Missionárias da Caridade” e promove-la como presidente fundadora! Enfim, sob a égide do exemplo: Esses três supra mencionados deixaram de lado títulos e prerrogativas profissionais e se doaram ao próximo, ao mundo.
Desta forma, sabemos que o voluntariado ainda é insignificante no Brasil, inclusive em Rondônia, mas, aos poucos, temos que mudar esta estatística e deixar de lado as patentes e promover uma revolução no pequeno mundo do qual somos importantíssimos. Um advogado pode ao menos por mês defender uma causa que se acredite ser nobre; um jornalista defenderá uma bandeira da qual se ache ser importante para a evolução humanitária... Um médico, um enfermeiro... Enfim, se cada um fizer um pouco, este virará muito no apanhado geral.
Pretendo não falar de mim neste artigo, para não gerar confrontos arrogantes, pedantes, ou de forma julgadora, ou comparações idiotas; pretendo sim! Buscar junto aos meus leitores(as) o bem que está lá intocado em seu coração e que coloque para fora da forma que lhe convier. .
A AÇÃO.
Ainda não vi preguiçoso(a) alcançar algo na vida com facilidade, apenas levando a fama pelo trabalho executado por outro, apenas por ser possuidor do cargo de gerência; seja em ordens filosóficas, seja em empreendimentos afins; o Líder é respeitado pela sua obra, pelo que já edificou e pelo que arregimentou administrativamente para não deixar sua obra ruir.
A ação é a única forma dos homens (mulheres) serem comparados aos Deuses, pois a partir deste patamar evolutivo se deu – se dá - a criação; por isto que constatamos as ruínas de entidades quando se indicam pessoas que não são preparadas para o oficio. Ser amigo(a) de quem está no poder não garante sucesso ao empreendimento; as pessoas tem que ter ação.
Humildade.
Além da ação, é preciso deixa o cargo que nos ornam de lado, e o vanglorismo, e promover o intercâmbio entre pessoas de cargos inferiores no único objetivo de a ação ter sucesso. Só a humildade garante sabermos o que somos, e o que vamos fazer; e assim a obra será edificada.
Sem Reconhecimento.
Porquanto, além da ação, da humildade, fecha-se o círculo do sucesso através do não reconhecimento pelo trabalho edificado; até mesmo, nesta ocasião, não precisando “assinar” a grande obra, deixando para a humanidade fazer uso do legado dos “incógnitos”...
Assim, esta tríplice coluna faz erguer qualquer mestrado; Portanto meus leitores... Em que lhe posso ser útil?
Miguel Montte
eluscohens@oguapore.com.br

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Colóquio dos Aprendizes Elus Cohens

P. - "Qual é a origem da Ordem que professamos?
R. - Sua origem vem do Criador e começa desde os primeiros tempos de Adão e de lá até nossos dias.

P. - Como pôde perpetuar-se esta Ordem até nós?
R. - Pela misericórdia do Grande Arquiteto do Universo, que enviou emissários adequados para manifestar esta Ordem entre os homens, para sua própria glória e justiça.

P. - Que utilidade tinha esta Ordem para os homens dos primeiros tempos?
R. - Servia-lhes de base e fundamento espiritual para executar as cerimônias do culto do Eterno e, também, para conservar a pureza de seus princípios primitivos e suas virtudes e poderes espirituais.

P. - Que emissários empregou o Grande Arquiteto para perpetuar esta Ordem entre nós?
R. - Desde Adão até Noé, desde Noé até Melquizedec, até Abrahão, Moisés, Salomão, Zorobabel e o Cristo".

Martinez de Pasqually proclama, desta maneira, sua ortodoxia e continua a obra social e cientifica que principiou quando apareceu o homem sobre a terra e que não concluirá até que a raça humana venha a se extinguir.

É certo que a Tradição não se perdeu nem pode perder-se, porém, quando os encarregados de transmiti-la faltam a seu dever, os Guardiões Invisíveis da Verdade, mandam missionários a quem conferem poderes especiais; afim de que as nações não sumam pôr completo na noite espiritual.

Martinez, no seio da Ordem dos Elus Cohen, praticava o que se denomina operações mágicas. Conforme o próprio testemunho de Saint-Martin, o Mestre reunia seus discípulos em uma habitação qualquer, sem dúvida purificada por meio de uma operação preliminar. Martinez traçava em seguida um círculo no centro do quarto e escrevia nele, em língua hebraica, o nome dos Anjos e outros de caráter Divino que fossem necessários.

Tais preparativos assombravam aos principais e, possivelmente alguns teriam perguntado, no início, porque eram necessários tantos preparativos para comunicar-se com o Céu. Porém, estes em seguida davam-se conta que não havia razão para arrepender-se em empregar tais precauções, uma vez que, desde o instante em que as conjurações eram formuladas, as Influências Superiores começavam a manifestar-se e a dar eloqüentes provas da realidade de sua existência no mundo invisível. Aqueles que assistiam a tais experiências tornavam-se iluminados, quer dizer, para eles a existência do mundo invisível e a imortalidade da alma convertiam-se em realidade mais positiva que a existência do mundo físico. Desta maneira, estes iluminados chegavam a desprezar a morte e estavam sempre dispostos a tudo para propagar e defender as doutrinas que professavam.

Nos ensinamentos de Martinez, em conseqüência, os Trabalhos práticos tinham um grande destaque. Estes trabalhos consistiam na evocação do que Martinez chamava "A Coisa"; a que se manifestava por certas fases, quer dizer, por aparições fugitivas e luminosas. Esta entidade, posteriormente, firmou seus escritos com o pseudônimo de Filósofo Desconhecido, pseudônimo que Louis Claude de Saint-Martin adotou em seguida, pôr ordem da própria "Coisa". Conforme declaração própria de Saint-Martin, escreveu uma parte de suas obras sob seu ditado. O Filósofo Desconhecido ditou 166 Livros de Instruções, dos quais Saint-Martin conseguiu copiar alguns. Destes livros, mais ou menos 80 foram destruídos em 1790 pelo próprio Filósofo Desconhecido, a fim de que não caíssem em mãos de Robespierre, que havia mandado dois de seus sequazes para deles se apoderarem.

O último grau dos Elus Cohen era o de Réau-Croix. Os historiadores, seguidamente, confundiam este grau com o de Rosa-Cruz. No entanto, este último constitue o cume de uma larga Tradição esotérica, transmitida através dos séculos, enquanto que os Réau-Croix (Poderosos Sacerdotes) constituíam a mais alta dignidade hierárquica do sistema ocultista de Martinez. Willermoz, em uma carta dirigida, em 20 de outubro de 1780 ao Príncipe de Hesse, escreveu:

"Admito os conhecimentos dos Rosa-Cruzes, mesmo que se baseiem em um fundamento temporal em sua natureza, de maneira que não operem senão sobre a matéria mista, ou seja, sobre uma mistura do material e do espiritual e obtenham, em conseqüência, resultados mais aparentes do que os Rèau-Croix, que operam sobre o espiritual-temporal e cujos resultados se apresentam em forma de hieróglifos".

A influência das idéias de Martinez foi enorme. A ele pode-se atribuir a vocação de Pernety, o fundador dos Iluminados e dos quais derivaram os Philaléthes, a quem se pode considerar, por sua doutrina, os precursores da Revolução Francesa.

Martinez contou no número de seus mais ardorosos discípulos, além de Saint-Martin e Willermoz, o Barão de Holbach, o célebre autor do Sistema da Natureza; Duchantenau, a quem se devem os quadros místicos mais procurados pelos amantes deste gênero de pintura; Andreas Chenier; Gazotte; Mirabeau; etc.. Em 1772, Martinez embarcou para São Domingos, onde um parente seu lhe havia deixado uma herança muito grande. Ali morreu em 1774.

Pode-se dar a denominação de Martinesismo à corrente de pensamento e ao movimento ao qual deu origem Martinez de Pasqually. A Ordem dos Elus Cohen foi dissolvida em 1780, desaparecendo oficial e oficiosamente no Convento Maçônico de Wilhemsbad, no qual, entre outros, estiveram presentes os mais altos dignitários das diversas Ordens Iniciáticas daquela época. Entre estes, deve-se mencionar Louis Claude de Saint-Martin, Willermoz e o Conde de Saint-Germain, como emissário dos Grupos R+C mais secretos da Europa.

Martinez de Pasqually expôs suas doutrinas em seu livro intitulado "Tratado da Reintegração dos Seres em suas primeiras propriedades, virtudes e poderes espirituais e Divinos". Nesta obra, Martinez expõe sua teoria da Queda e da Reintegração.

eluscohens@oguapore.com.br

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Artigo: Mãe, a Rosa e o Amor. Por Miguel Montte.

O tempo realmente é o senhor da razão. Se anteriormente era a mulher o número 2, – Por ser Adão 01 – o número da confusão; hoje a mulher se tornou imprescindível na vida de qualquer pessoa, e, se a nossa cara-metade andrógina anda por ai; acho bom encontra - lá logo, porque dá uma canseira andar com as “erradas”, podendo estar com à certa o tempo-inteiro.
Pois bem, na história da humanidade, foram elas que derrubaram Reis, cortaram cabeças, dizimaram nações, enfim, armações das mais cruéis foram traçadas por elas, sem contar, as confusões que fazem em nossas vidas; até hoje... E nós não podemos viver sem estas confusões. Não é mesmo? Mas, estas confusões foram dissipando-se e elas foram surgindo do nada e durante os últimos dois mil anos, de confusão (02) passaram a ocupar o posto de Líder.
Hoje, cientistas já traçam teorias, das quais relatam que a mulher consegue raciocinar melhor que os homens; outros, contudo, apregoam que a inteligência emocional da mulher resolve problemas dos quais os machos não conseguiriam lidar, pela forma abrupta com que lidam com suas adversidades. No sexo, a mulher buscou seu espaço, e quando a igreja católica dizia que era proibido sentir orgasmos, onde seu dever era apenas de “procriação”; hoje, elas, porém, já nos dão aulas de um tal de ponto “G”.
Foram cinco mil anos cruéis que as mulheres enfrentaram, relegadas a própria sorte, sem direito a voz, a presença e a edificação de um ser evolutivo; Antes, sem direito a voto, hoje, Presidenta da República Federativa do Brasil – Dilma -, e já tivemos em Rondônia uma Presidenta do Tribunal de Justiça (Atual presidenta TRE-RO) – Zelite Andrade... Pois bem, são as mulheres em busca do lugar ao SOL... Se Adão foi inconseqüente buscar sua alma gêmea através de sua própria carne, pelo menos, a essência pura divina nos provou que a felicidade estar dentro da gente mesmo, mesmo em forma de uma costela.
E a mãe? A partir deste estágio, o número dois, antes relacionado à confusão, passa agora a ser a fonte exclusiva onde une o material com o espiritual: A dualidade. Neste enfoque, o amor materno edifica um outro ser, e não existe peremptoriamente algo mais puro e sóbrio e caloroso que o amor materno: É mágico. Filhos batem em mães... Elas perdoam... Maridos batem em esposas... Elas perdoam... Assim, não consigo decifrar a fonte de onde resulta tanto amor, para doar e nunca faltar, e quando precisar, a Mãe está sempre lá para dar mais amor... Nesta dualidade, matéria e espírito, a providência divina determina mais regalias as Mães que a qualquer outro ser.
Ainda não compreendo porque as mulheres tanto sofrem nas regiões subdesenvolvidas deste planeta; ainda, no nosso nordeste brasileiro, e até mesmo em Rondônia; violência, estupro, segregação... Como se com elas fossem diferente o grau de evolução, do qual seriam a base de ferro e a fogo... Quiçá: Filhas de Jó.
Assim, admito, do alto machismo que reina nestas veias paraibanas, que tem Mãe que vale por mais de 10.000 homens. Existem Homens que não valem uma Mãe... Por tudo mais que falaram e por tudo mais que irão dizer... Seria redundante falar sobre as mulheres em seu grau evolutivo atual, e mais, estamos em nova era: onde o amor de mãe é como uma rosa que desabrocha... Inesquecível, imprescindível, uno, potente... Reafirmo que Mãe é a coisa mais sagrada que Deus possa idealizar... Mãe é 10... É Uno... É a Rosa... É a Cruz... É a personificação do amor divino... Feliz dias das mães a todas minhas leitoras... (E a você em especial, meu cabelo “cor-de-ouro”, futura Mamãe!)

eluscohens@oguapore.com.br

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Sim, nosso rito maçônico pode ser comparado a uma religião. Por Miguel Montte.

Artigo:



Para redigir este artigo – acredito ser um dos mais difíceis que já escrevi, pois meus dedos tocaram no teclado do meu computador como se toda em ovos – levei em consideração o sentimento de “velhos” – velhos de idade mesmo! – maçons dos quais considero como as melhores pessoas que Deus colocou neste mundo rondoniense; não divulgo nomes porque eles adoram o anonimato. Levei em consideração também o sentimento de todos os rosacruzes do mundo; ordem da qual exerci a maestria do ano R+C3363 e por fim respeitei a ordem martinista, do qual sou membro, e todos os religiosos do mundo de variadas organizações.
Após estas considerações iniciais fiz questão de inserir o aviso no link do Jornal OGUAPORÉ: “Não click neste link se caso não estiver com a sua consciência aberta para o novo”. É factual.
Pois bem, em quase os 600 ritos maçônicos existentes no mundo, quase nenhum se assemelham a religião; são estudos filosóficos dos mais variados concernentes ao campo educacional, e, em sua maioria leva-se em consideração estudos e práticas com base no judaísmo-cristão; Por outro lado, a missa que se pratica na Igreja Católica atualmente é diferente a que se praticava na antiguidade, a exemplo do sinal da cruz, que antes era de forma diferenciada demais da qual conhecemos hoje em dia. Mas, além da missa normal dos católicos ainda existem estudos filosóficos paralelos que antigamente se chamavam de “graus” e os fiéis de hoje se chamavam “neófitos”; estes estudos hoje em dia são: Cursos pré-batizados, Primeira-Comunhão, Catecismo, Crisma... Enfim, em todos estes “graus” de estudos os fiéis levavam para casa livros que lhe valiam de doutrinas para suas vidas.
Além dos fiéis irem aos domingos para igrejas ainda existiam e existem “cursos” das mais variadas vertentes filosóficas, inclusive no meio evangélico também é assim. Por isso, no ano de 1754, maçons de altos graus se renderam ao magnetismo do misticismo e fundaram correntes místicas com fundamentos na antiga missa católica, rito maçônico adonhiramita e práticas teosóficas e teúrgicas sincrônicas ao Judaismo-Cristão. Uma destas correntes é a Ordem Maçonica Elus Cohens, da qual já discorremos tantos artigos por este blog, que caso o(A) leitor(a) tenha interesse basta pesquisar.
Este, o rito Elus Cohens, pelo qual possuo propriedade para falar, pois sou o Grão-Mestre para o Brasil, com patente me concedida pela França, é a “coisa” mais maravilhosa do mundo em um contato sublime e indescritível com Deus. Toques, Passes, estudos de graus filosóficos, patentes, cargos, paramentos, espadas, punhais, iniciações, enfim... As ritualísticas de ritos maçônicos com a junção da missa antiga católica e teúrgias práticas com uma novidade: Mulher é igual ao homem e pode adentrar na ordem maçônica Elus Cohens.
Em 2007 fundei a primeira Loja E+C em Rondônia, para o meu espanto, a “coisa” cresceu tanto, que não agüento mais de felicidade, e, para o meu espanto mais ainda, os nossos adeptos são pessoas advindas das Igrejas Evangélicas e Católicas, que conhecem práticas místicas e se apaixonam. Confesso, que recuei três vezes, em primeiro lugar, por não querer conflitar com outras ordens, das quais respeito muito, em segundo, por não conflitar com interesses políticos que vigoram em ordens análogas; mas, se de dia, meu lado esquerdo do corpo esquentava ao extremo, a meia-noite a paz dos Sábios-Mestres se fazia presente e vi que eu não estava no caminho errado; perderam os que não queriam a Elus Cohens forte em Rondônia e agora está difícil de apagar esta chama, pois a egrégora embaixo já está conectada com a de cima e isto é o que nos faz sermos fortes.
Pois bem, “Sessão de Descarrego” a parte, a religião é o canal competente para se religar ao Criador, repito! Religião, e não Padre, Pastor, Mestre, Grão-Mestre ou qualquer cargo religioso do qual cidadãos se fazem representar fundamentos religiosos. Sou contra duas coisas em religião: Primeiro, sou contra Líder, pois para se chegar a Deus não precisa de intermediário; Segundo: Sou contra templo fixo: Pois templo edificado por Deus está localizado no coração dos fiéis. E os Leitores me perguntam: Mas como se chegar a Deus? Simples: Você é Líder de você mesmo, exerça o domínio em sua vida e se reintegre a essência divina do qual você foi feito; Porquanto, feche os olhos e sinta Deus no seu coração... Basta.
Assim, o rito maçônico Elus Cohens pode ser comparado sim, a uma religião, pois possui todo atributo de uma com uma coisa boa: É proibido se tornar um Fanático, sob pena de expulsão; É proibido achar que o mestre é “endeusado”, sob pena de expulsão; É proibido edificar templos arquitetônicos dos mais luxuosos, mas sim, edificá-los nos corações das pessoas, e se não o fizer assim: Será expulso. O resto, basta simplesmente seguir todos os ensinamentos e se tornar a “coisa” mais perfeita do mundo.
Mas porque é segredo? É Segredo! Porque quando dizemos a alguém que a amamos, falamos baixinho, no ouvido, só prá ela saber; ao contrário disto... O amor não é sublime, justo...
eluscohens@oguapore.com.br

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O fio que nos une – Por Miguel Montte

Existem pessoas que nos causam certas impressões, se positivas, as levamos – guardamos - para o resto da vida, se negativas, tentamos esquecê-las o mais breve possível; mas tem pessoas especiais que nos causam um certo “STOP”, e ficamos marionetes diante a sua energia emanada; essas pessoas, com o seu magnetismo, geralmente tem sucesso em todos os aspectos sociais da vida; temos exemplos crassos deste magnetismo nos artistas musicais, dos quais utilizam todos os meios de comunicação para prender a atenção dos senhores telespectadores; mas antes de entrarmos no fio da questão, se é que seremos compreendidos cognitivamente, vamos por parte:
Somos condutores de energias do universo que se irradiam para onde pensamos, olhamos e gesticulamos; essas energias foram nos repassadas por conectividade ao criador, – Deus – seríamos como um grande fio-elétrico que advém do céu e neste fio estão instaladas várias lâmpadas elétricas, todas acesas, algumas apagadas. Se somos eletricamente formados de energias e 70% do nosso corpo é formado de pura água; então somos simplesmente “condutores de energias”, tanto quando a água assim o é.
Cientes disto, sai pura eletricidade (energia ) de nosso olhar, nossos gestos e principalmente nossos pensamentos; Contudo, a manipulação destas energias podem ser irradiadas de formas negativas ou positivas, tudo depende a princípio do nosso estado de espírito ou mesmo de forma proposital, levando em consideração fatores intrínsecos, a lei da ação e reação, pois tudo que se envia, volta, a não ser que você irradie a energia e saiba se defender quando ela voltar.
Porém a forma que mais se irradia corriqueiramente energia é através do pensamento, por exemplo, se alguém está doente, ficamos estarrecidos com a dor de outrem, e começamos a orar, rezar, ou enviar pensamentos de melhoras para o enfermo; assim, como pensamento é energia, e se é para o bem, o pensamento é positivo, eis o resultado, o cidadão(a) melhora haja vista que as energias que antes faltavam foram reconduzidas positivamente via terceiros. Conheço pessoas que fazem isto a distância e propositadamente, com um único objetivo: Fazer o bem.
Porquanto, as energias também podem ser negativas, a exemplo, atual, o caso do jogador Adriano, (O Imperador)já que não foi possível a sua estréia no futebol brasileiro em 2011, devido a uma contusão, doente, torcedores do seu time lhe rogaram melhoras; por outro lado, torcedores adversários lhe enviaram diversas energias negativas sob a forma de pensamentos mais atrozes possíveis: Tomara que se lasque! Que nunca mais ande! Que fique aleijado! Mas, tudo que vai volta, e se não souber enviar e se defender da volta... Cria-se um círculo ininterrupto de ação e reação, quebrado apenas pela ação do livre arbítrio voltado para o bem.
Outra forte fonte de energia, determinada inclusive pelo pensamento do ser humano, é o dinheiro, que lhe incumbido tal status de separar o negativo do positivo; assim, existem pessoas que recebem o salário no final do mês e assim que pega o “coitado” diz: Não vai dar pra nada! Assim será. Você determinou que seu dinheiro não desse pra nada e só você tem este poder de fazer isto.
Mas a fonte mais poderosa de emanar energia positiva é quando se estar com alguém que se ama; os olhares, os gestos e principalmente o pensamento, são condutores vibracionais de magnetismo poderoso, a tal ponto, que a cantora Laura Pausini decifrou este estágio em poucas palavras: “Existe uma magia entre sua alma e a minha”; então, as almas se conectam umas as outras através de uma energia invisível, e como sabemos, a eletricidade é invisível.
Da mesma forma, funciona quando odiamos uma pessoa, irradiamos energias negras, que circulam entre as partes; da mesma forma funciona em mentes criminosas, que evocam para si, os mesmos pensamentos negativos, tornando semelhantes dos mesmos segmentos e assim, negatividades extremas circularão entre todos até ao limite da explosão efêmera, já que dificilmente energias positivas irão fazer partes deste rol, sendo só uma a circular, eis a reação.
De forma bem simples e “simplória” tentamos explicar para o meu amado leitor(a) como funciona a energia que nos rodeia; contudo, alguns irão afirmar: este Miguel Montte vai queimar no inferno, está amarrado em nome do Senhor! Outros porém: este cara é abençoado! Outros porém: É um abestado! Outros: Não sabe de nada! E outras...
O que importa, é que em 35 mil pessoas que me lêem, Mil concordam com estes textos, e o que já é um bom estágio evolutivo.
Como eu digo pra alguém em especial: “você é o interruptor que aceita meu fio e liga à eletricidade que corre nos nossos corpos em um só magnetismo vibracional, e só eu tenho o poder de desconectar este fio”. É amor pra mais de metro!!!

Até a próxima, fique em paz! Está feito!

Miguel Montte
eluscohens@oguapore.com.br

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A vida nasce do caos. – Por Miguel Montte.

Artigo este dedicado à Érica... E Por tudo o mais que já foi dito!


Não precisamos ser redundante em afirmar que o mundo nasceu do caos; os cientistas provaram que foi a partir de uma grande explosão, o tal do big-bang, que o mundo se fez mundo! Explosões catastróficas assolaram a terra durante milhões de anos; bombardeios de meteoritos e colisões com outros planetas fizeram a terra da qual nós habitamos nos idos atuais. Isto é fato! Nestas explosões faraônicas, nasceu a vida; os cientistas provaram que advindos do Big-Bang vieram fontes de vidas que foram ao longo dos tempos evoluindo de espécie em espécie. Se o macrocósmico é a representação da Onipresença Divina, em nós encerra a presença Divina sob a forma de um microcósmico; assim, falou o sábio Hermes – três vezes sábio (9) – Assim como é em cima é embaixo; assim, como é embaixo, é em cima.
Partindo do pressuposto em que a vida nasceu do caos, e que parecido com o macrocosmico somos imagem e semelhança, o microcosmico; e assim somos acometidos também de explosões das mais variadas possíveis que do nosso caos, nos é apresentada a vida. Pensameteando: O caro Leitor(a) já trombou de frente com pessoas que parecem mais um meteorito ou um planeta inteiro em choque frontal com a gente! Não foi? Então, são destes catastróficos eventos adversos que as nossas vidas se tornam harmoniosas e em paz.
Isto ainda não basta para entendermos este assunto dantesco; além de Hermes, Pitágoras desenvolveu certos atributos a determinados números que há cinco mil anos a cabala adotou como preceito; sem comentar a todos os quase 78 números elencados, vamos nos acolher aos 22 números principais e precisamente a apenas a um em especial: o 22! Não vou relacionar este número à negatividade da qual ignorantes o conceituaram, mas sim, vou comentar o ápice deste número: o 22 é relacionado ao livro de JÓ, bíblico, pelo qual veio a terra para “sofrimento” e “provação”, tomando a historia de JÓ como parâmetro vernacular, ele ganhou tudo de volta, - o que tinha perdido - sete vezes mais, porque venceu as provações e os desafios lhe remetidos pelo caos.
Também em relação ao número 22, os egípcios garantiam que ele por ser tão forte, não se somaria, resultando em 2+2=4, denominado de “imperador”(4), pois o 22 para eles estaria acima do Imperador, e quem só está acima do Imperador é a COROA, então o 22 é a COROA – para os Egípcios - que encobre o próprio Faraó! Porquanto, ainda sobre o tema analógico do caos, a vida nasce do caos, e o 22 por ser tão forte é o próprio universo reunido em um só corpo, do qual “carrega toda a humanidade”; carregando toda a humanidade ele se eleva ao SUPREMO por ter representado o próprio Deus aqui na terra, - força quaternária remetida ao 22 - do caos que “derruba” o 22, nasce à própria vida; assim, chamado de também o “Louco”, adjetivos apregoados ao grande magista, através das oratórias filosóficas disseminadas por Jesus, o Cristo, que era um “22”... Então, se o caro leitor conhece alguém que somando o seu dia de nascimento, o mês e o ano, resultando em 22, ou mesmo se nascera em um dia 22; ele(a) veio aqui para evoluir através do caos e dar a vida a todos que os cercam.
Assim, acolhendo estes dois teoremas acima explanados, do 22 e do Caos, que geraram a própria vida, ou seja, tudo que acontece lá em cima, acontece aqui em baixo, podemos filosofar quanto as adversidades que estamos ou que iremos enfrentar... A vida nasce do caos... A pergunta é: quando vamos nos dar conta de que a flor desabrocha até no meio da lama... E que mesmo sendo uma linda Rosa, ela também contem espinhos, que pela lei da atração, pode gerar bons aromas ou semelhante à lama, ela também pode machucar... Portanto, resta saber se o caro(a) leitor(a) vai continuar no caos planetário em que se encontra ou vai fazer erguer desta noite negra a mais bela da vida... E vou mais além, nada é por acaso... A vida gira em torno de nós mesmo! Assim, nós nos encontramos em nós mesmo... Foi isto que Adão fez em sua magia do amor, ao tirar de dentro dele mesmo alguém para chamar de a sua outra metade... Eis a vida nascendo do caos. E para alguém que é número nove, onde se encerram a tremenda força material da terra, só um 22 para fazer a vida surgir do nada!

Miguel Montte.

eluscohens@oguapore.com.br

sexta-feira, 15 de abril de 2011

VOCÊ É AQUELE QUE É, E É O QUE É! Por Miguel Montte.

Artigo:
O bom da filosofia é que ensina o individuo a pensar e chegar – se é que consegue – a determinado consenso – se é que existe – e a obscura ou clara situação. Neste contexto, a pessoa exercita o livre arbítrio que em detrimento as suas raízes teológicas, filosóficas e sociológicas o torna um Deus do seu próprio universo, mesmo sendo em estado minoritário em referência ao grande macro onipresente.
Pois bem, pensando a respeito deste assunto, levamos em consideração a priori a nossa missão nesta “terra de Deus”, e a partir deste enfoque, nos vêem indagações a exemplo se por acaso estamos desempenhando o nosso principal papel, pelo qual nos foram antecipadamente delegados, ou se somos coadjuvantes neste palco onde os artistas representam os melhores papeis das suas vidas.
Exemplo do que estamos filosofando nesta mensagem de hoje, diz respeito a uma frase muito antiga disseminada pelos sábios: “Nada é por acaso”. Assim, Bil Gates e Eike Batista – empresários - não são bilionários por acaso; o livre arbítrio personificado pela “sorte” – o homem faz sua própria sorte - fez com que estes “gênios” gerassem milhões de dólares em impostos – que serão transformados em ações sociais - e milhares de empregos; conquanto, pelas leis divinas da ação e reação, pessoas deste estágio evolutivo tem em sua contabilidade cósmica, créditos a serem utilizados conforme a sentença decretada, após evidentemente conferir-se-á naturalmente os seus débitos.
Assim, em detrimento ao “nada é por acaso” o prezado leitor já parou para se indagar a respeito da sua missão aqui na terra. O que você está fazendo para desempenhar o seu papel? Será que você está tentando ser um Bill Gates, e ainda não se deu conta que não veio aqui pra isto? Será que você está correndo sempre em busca de dinheiro, ciente que sua missão aqui será outra? E as mulheres, com tantas outras benesses, estão sempre querendo parecer com a atriz Angelina Jolie?
Pois bem, são indagações como estas que nos fazem refletir; pessoas em busca de missões que não são suas e querendo ser o que não são! Mas quem nos deu estas missões? E quem determinou a nossa vida desta forma? A priori, lhe informo – apresento - que existe uma lei no universo denominada de “ATRAÇÃO”; pela lei da atração, você foi atraído para a família que está no mesmo grau de evolução que você e foi atraído para o patamar social que lhe pertence; a não ser, que utilizando o livre arbítrio você consiga ascender em situação mais favorável a que lhe foi determinada pela lei da atração. Por isso que vemos pessoas de família pobre vencerem na vida devido a lutar através do livre arbítrio.
Sou peremptoriamente contra conceber Deus de forma escravagista e dominadora, a exemplo do que nos prescrevera determinada corrente religiosa: “senhor, não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e eu serei salvo”. Ao contrário desta sujeição bestial eu e você leitor, somos dignos sim, e não estamos em perigo para ser salvos. Por outro lado, há correntes que nos escraviza a livros, dos quais, muitos foram escritos por pessoas que queriam tornar outras pessoas escravas a dogmas e preceitos dominantes. Está Amarrado!
Pois bem, a minha concepção de Deus é a seguinte: Deus está lá em cima, eu estou aqui embaixo; Deus está aqui embaixo e às vezes estou lá em cima; traduzindo: O homem é a imagem e semelhança de Deus; pelo verbo e pelo pensamento. Completando: Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. (João 14:12) – traduzindo: Nem o próprio Cristo pediu esta sujeição escravocrata toda que acontece hoje em dia em torno de seu nome; ele falou que pessoas farão coisas grandes tanto quanto ele realizou; então, pergunto: pra que se humilhar tanto, se você é tão forte quanto o próprio Cristo?
Qual a sua missão?
Se a sua missão é ser político! A execute com perfeição e justiça, pois mais cedo ou mais tarde, caso você não o seja justo, a colheita será das mais merecida possível, e assim será!
Se a sua missão é criar filhos! Crie dentro das normas e regras impostas pelos bons costumes da sociedade; após isto, colha seus lucros.
Assim por diante; você será o Deus do seu próprio destino... Ou seja, você é aquele que é. Assim, descubra qual a sua missão neste mundo, e não precisará em um só momento na sua vida sofrer... Pois o rio sempre correrá para o mar...
Até a próxima.
Miguel Montte.
eluscohens@oguapore.com.br