domingo, 27 de janeiro de 2013

Ordem Maçônica Elus Cohen - NOTA DE PESAR: VÍTIMAS DA TRAGÉDIA DE SANTA MARIA-RS

Em nome dos membros da Ordem Maçônica Elus Cohen, pela qual expressa publicamente as mais profundas condolências pelas vítimas e familiares em face da lamentável tragédia ocorrida na madrugada deste domingo, em um incêndio de uma casa noturna, KISS, resultando na morte de quase 250 pessoas. Seguramente o Brasil espera punição rigorosa a todos os responsáveis – do setor privado e público – pois, segundo a imprensa, o estabelecimento não tinha condições, para prestar serviços dessa natureza. A casa de Show só possuía uma porta de emergência e os materiais de isolamento eram altamente inflamáveis, o que se assinalava como tragédia anunciada. E nesse feitio, a responsabilidade é solidária tanto dos proprietários quanto das autoridades do Poder Público local e/ou estadual (de acordo com a legislação) pois estas últimas já liberavam alvarás de funcionamento nas mesmas condições que as atuais. O respeito à vida deve superar o respeito ao patrimônio e ao dinheiro no Brasil, pois! A vida deve estar em Primeiro Lugar! Não se pode mais aceitar que dinheiro e influências se sobreponham à segurança humana, em nenhuma situação! Indignadamente, os Francos-Maçons encerram esta Nota, na expectativa que continua acesa, ainda que com uma única vela, nomeio da escuridão das iniquidades que contaminaram o País, que chegará o dia em que as relações entre agentes públicos e privados deixe de ser promíscua, ganhe transparência e responsabilidade, e que a Justiça deixe de ser relativista, seguindo a Lei, que deve ser espelho da vontade social, nos melhores usos e costumes, na senda da ética e da moral, dos melhores valores sociais. Porto Velho, RO, 27 de janeiro de 2013 JOÃO MIGUEL DO MONTE ANDRADE GRÃO-MESTRE-MUNDIAL ORDEM DOS CAVALEIROS MAÇONS ELUS COHENS DO UNIVERSO Apoio: P.Federalista.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A cabala de Eliphas Levi

PRIMEIRA LIÇÃO PROLEGÔMENOS GERAIS Senhor e irmão: Posso conferir-vos este título posto que buscais a verdade na sinceridade de vosso coração e que estais disposto a fazer os sacrifícios que se façam necessários para alcançar o fim colimado. Sendo a verdade a própria essência daquilo que não é difícil encontrar, está em nós e nós estamos nela; é como a luz que os cegos não vêem. O Ser é. Isto é incontestável e absoluto. A idéia exata do Ser é a verdade, seu conhecimento é a ciência; sua expressão ideal é a razão; sua atividade é a criação e a justiça. Dizeis que desejais crer. Para tanto basta conhecer e amar a verdade. Porque a verdadeira fé é a adesão inquebrantável às deduções necessárias da ciência no infinito conjetural. As ciências ocultas são as únicas que dão a certeza, porque tomam por base as realidades e não as ilusões. Estas cartas foram facilitadas por um discípulo de Eliphas Levi: M. Montaut. Permitem discemir em cada símbolo religioso a verdade e a mentira. A verdade é a mesma em qualquer lugar e a mentira varia, segundo os lugares, os tempos e as pessoas. Estas ciências são em número de três: a Cabala, a Magia e o Hermetismo. A Cabala, ou ciência tradicional dos Hebreus, poderia ser chamada de matemática do pensamento humano. É a álgebra da fé. Resolve, com suas equações todos os problemas da alma, isolando as incógnitas. Dá às idéias a sensatez e a rigorosa exatidão dos números; seus resultados são a infalibilidade da mente (sempre relativa na esfera dos conhecimentos humanos) e a paz profunda do coração. A Magia, ou ciência dos magos, teve como representantes na antiguidade os discípulos e talvez os mestres de Zoroastro. É o conhecimento das leis secretas da natureza que produzem as forças ocultas dos ímãs naturais ou artificiais, e dos que podem existir ainda fora do mundo dos metais. Numa palavra e para empregar uma expressão moderna, é a ciência do magnetismo universal. O Hermetismo é a ciência da natureza oculta dos hieróglifos e dos símbolos do mundo antigo. É a investigação do princípio de vida pelo sonho (para os que ainda não chegaram a ele), a realização da grande obra, a reprodução pelo homem do fogo natural e divino que cria e regenera os seres. Eis aí, senhor, as coisas que desejais estudar: seu círculo é imenso, porém seus princípios são muito simples e estão contidos nos números e nas letras do alfabeto. "É um trabalho de Hércules semelhante a um jogo de crianças", dizem os mestres da santa ciência. Os requisitos para se sair airosamente deste estudo são uma grande retidão de juízo e amplo ecletismo. Não se pode ter preconceitos e razão por que Cristo dizia: "Se não tiverdes a simplicidade da criança, não entrareis em Maikubt", isto é, no reino da ciência. Começaremos pela Cabala, cuja divisão é: Berechit, Mercava, Gematria e Temura. Vosso na sagrada ciência. ELIPHAS LEVI SEGUNDA LIÇÃO A CABALA. OBJETO E MÉTODO A proposição que deveis fazer-vos ao estudar a Cabala é chegar à paz profunda, através da tranqüilidade do espírito e paz do coração. A tranqüilidade do espírito é um efeito da certeza; o sossego do coração deve-se à paciência e à fé. Sem a fé, a ciência conduz à dúvida; sem a ciência, a fé conduz à superstição. As duas unidas produzem a certeza e, para juntá-las, não é preciso confundi-las. O objeto da fé é a hipótese e chega a converter-se em certeza quando a hipótese exige a evidência ou as demonstrações da ciência. A ciência é comprovada com fatos. As leis são inferidas da repetição dos fatos. A generalidadedos fatos em presença de tal ou qual força demonstra a existência das leis. As leis inteligentes são necessariamente desejadas e dirigidas pela inteligência. A unidade das leis faz supor a unidade da inteligência legisladora. A esta inteligência, que estamos obrigados a supor segundo as obras manifestas, mas que não é possível definir, é que chamamos Deus. A minha carta chegou a vossas mãos; eis aqui um fato evidente; a minha escrita foi reconhecida, bem como meu pensamento, e deduzistes disso que fui eu quem vos escreveu. É uma hipótese razoável, porém a hipótese necessária é a de que alguém escreveu a carta. Poderia ser apócrifa, porém não tendes razão para supô-lo. Se pretendêsseis que a carta tivesse caído do céu, estaríeis beirando o absurdo, estabelecendo uma hipótese absurda. Eis aqui, segundo o método cabalístico, como se organiza a certeza: Evidência ........................ Demonstração científica .......... certeza Hipótese necessária.............. Hipótese razoável ................ Probabilidade Hipótese duvidosa ................ Dúvida Hipótese absurda ................. Erro Não saindo deste método, o espírito adquireuma verdadeira infalibilidade, posto que afirma o que sabe, crê no que deve necessariamente supor, admite as suposições razoáveis, examina as suposições duvidosas e afasta as absurdas. Toda a Cabala está contida no que os mestres chamaram as trinta e duas vias e as cinqüenta portas. As trinta e duas vias são trinta e duas idéias absolutas e reais unidas aos dez números da aritmética e as vinte e duas letras do alfabeto hebraico. Eis aqui estas idéias: Números 1 . - Supremo poder 2 . - Sabedoria absoluta 3 . - Inteligência infinita 4 . – Bondade 5 . - Justiça ou rigor 6 . – Beleza 7 . – Vitória 8 . – Eternidade 9 . – Fecundidade l0. - Realidade. Letras Aleph – Pai Beth – Mãe Ghimel – Natureza Daleth – Autoridade Hé – Religião Vau – Propriedade Zain – Liberdade Cheth – Repartição Theth – Prudência Iod – Ordem Caph – Força Lamed – Sacrifício Mem – Morte Nun – Reversibilidade Samech - Ser universal Snain – Equillbrio Phé – Imortalidade Tsade - Sombra e reflexo Koph – Luz Shin – Providência Tau – Síntese Vosso na sagrada ciência. ELIPHAS LEVI TERCEIRA LIÇÃO USO DO MÉTODO Na lição anterior falei tão-somente das trinta e duas vias; falarei depois das cinqüenta portas. As idéias expressas pelos números e pelas letras são realidades incontestáveis.Tais idéias encadeiam-se e se combinam como os números. Procede-se logicamente de um ao outro. O homem é o filho da mulher, porém a mulher procede do homem como o número da unidade. A mulher explica a natureza; a natureza revela a autoridade, cria a religião que serve de base à liberdade e que faz o homem dono de si mesmo e do universo, etc. (Procurai um Tarô; creio, porém que tendes um.) Disponde em duas séries de dez cartas alegóricas, numeradas de um a vinte e um. Vereis então todas as figuras que explicam as letras. Quanto aos números, do um ao dez, encontrareis neles a explicação repetida quatro vezes, com os símbolos de paus ou cetro do pai; copas ou delícias da mãe, espadas ou combate do amor e ouros ou fecundidade. O Tarô se encontra no livro hieroglífico das trinta e duas vias e a explicação sumária dele encontra-se no livro atribuído ao patriarca Abraão, que se chama Sepher-Jezirah. O sábio Court de Gebelin foi o primeiro que adivinhou a importância do Tarô, a grande chave dos hieróglifos hieráticos. Encontraram-se os símbolos e os números nas profecias de Ezequiel e de São João. A Bíblia é um livro inspirado, porém o Tarô é o livro inspirador, Também foi chamado de roda, rota, de onde se deduziram as formas taro e tora. Os antigos rosa-cruz conheciam-no e o marquês de Suchet fala dele em seu livro acerca dos iluminados. Deste livro é que surgiram nossos jogos de cartas. As cartas espanholas ainda possuem osprincipais signos do Tarô primitivo e são utilizados para jogar o voltarete ou jogo do hombre, reminiscência vaga do uso primitivo de um livro misterioso que contém as sentenças reguladoras de todas as divindades humanas. Os três Tarôs antigos eram feitos de medalhas que depois seriam de talismãs. As chavetas ou pequenas chaves de Salomão eram compostas por trinta e seis talismãs, tendo setenta e duas estampas semelhantes às figuras hieroglíficas do Tarô. Estas figuras, alteradas pelos copistas, encontram-se ainda nas várias chavetas manuscritas que se encontram nas bibliotecas. Existe um desses manuscritos na Biblioteca Nacional e outro na Biblioteca do Arsenal. Os únicos manuscritos autênticos delas são os que mostram a série dos trinta e seis talismãs com os setenta e dois nomes misteriosos; os demais, ainda que antigos, pertencem às quimeras da magia negra e não são mais que mistificações. Vede, para a explicação do Tarô, o meu Dogma e Ritual da Alta Magia (N. dos T. - Existe tradução brasileira da obra). Vosso na sagrada ciência. ELIPHAS LEVI QUARTA LIÇÃO A CABALA Senhor e irmão: Bereschith quer dizer génese; Mercavah significa "carrinho" em alusão às rodas e aos animais misteriosos de Ezequiel. Bereschith e Mercavah resumem a ciência de Deus e do mundo. Digo "ciência de Deus" e, portanto, Deus não é infinitamente desconhecido. Sua natureza escapa completamente a nossas investigações. Princípio absoluto do ser e dos seres, não pode ser confundido com os efeitos que produz e pode-se dizer, afirmando completamente sua existência, que não é nem o não-ser, nem o ser. Fato que confunde a razão sem extraviá-la e nos afasta definitivamente da idolatria. Deus é o único postalatam absoluto de toda ciência, a hipótese necessária que serve de base à certeza. Eis aqui como nossos antigos mestres estabeleceram cientificamente esta hipótese correta da fé: o Ser é. No Ser está a vida. A vida manifesta-se pelo movimento. O movimento perpetua-se pelo equilíbrio das forças. A harmonia resulta da analogia dos contrários. Existe, na natureza, lei imutável e progresso indefinido, mudança perpétua nas formas, indestrutibilidade da substância; e isto é o que se encontra estudando o mundo físico. A metafísica apresenta leis e fatos análogos, na ordem intelectual ou na moral, o verdadeiro, imutável, de um lado; do outro, a fantasia e a ficção. De um lado, o bem que é o verdadeiro; doutro, o mal que é falso, e destes conflitos aparentes surgem o juízo e a virtude. A virtude compõe-se de bondade e justiça. Boa, exatidão todas as deduções possíveis, de obter os conhecimentos novos e de desenvolver o espírito, sem deixar nada ao capricho da imaginação. Isto é o que se obtém pela Gematria e a Temura que são as matemáticas das idéias.A Cabala tem sua geometria ideal, sua álgebra filosófica e sua trigonometria analógica. É desta forma que obriga a natureza, de certo modo, a revelar seus segredos. Adquiridos estes altos conhecimentos, passa-se às últimas revelações da Cabala transcendental e estuda-se shemanphorash, a fonte e a razão de todos os dogmas. Eis aí, senhor e amigo, o que se deve aprender. Vede se não vos assusta; minhas cartas são curtas, porém são resumos muito concretos e que expressam muito em poucas palavras. Dei espaço, amplo o bastante, entre as minhas cinco primeiras lições, para vos dar tempo de refletir; posso, portanto, escrever-vos mais amiúde se o desejardes. Acreditai-me desejoso de vos ser útil. Vosso, de todo coração, na sagrada ciência. ELIPHAS LEVI QUINTA LIÇÃO A CABALA II Senhor e Irmão: Este conhecimento racional da divindade, escalonado nas dez cifras que compõem os números vos oferece o método completo da filosofia cabalística. O método compõe-se de trinta e dois meios ou instrumentos de conhecimento que se denominam as trinta e duas vias, e de cinqüenta objetos, aos quais pode-se aplicar a ciência, e que se chamam as cinqüenta portas. A ciência sintética universal considera-se como um templo com trinta e duas vias de acesso e cinqüenta portas. Este sistema numérico, que também poderia ser chamado decimal, porque sua base é dez, estabelece, pelas analogias, uma classificação exata de todos os conhecimentos humanos. Nada é mais engenhoso, lógico e exato. O número dez aplicado às noções absolutas do ser na ordem divina, metafísica e natural, repete-se três vezes, o que dá trinta para os meios de análise; acrescentai a silepse e a síntese, a unidade postulada pelo espírito. e a doresumo universal, e tereis as trinta e duas vias. As cinqüenta portas constituem uma classificação dos seres em cinco séries de dez, que abraça todos os conhecimentos possíveis. Porém não basta ter encontrado um método matemático exato, é preciso, para ser perfeito, isto é, que nos dê o meio de obter com exatidão, todas as deduções possíveis, de obter os conhecimentos novos e de desenvolver o espírito, sem deixar nada ao capricho da imaginação. Isto é o que se obtém pela Gematria e a Temura que são as matemáticas das idéias. A Cabala tem sua geometria ideal, sua álgebra filosófica e sua trigonometria analógica. É dessa forma que obriga a natureza, de certo modo, a revelar seus segredos. Adquiridos estes altos conhecimentos, passa-se às últimas revelações da Cabala transcendental e estuda-se shemahphorach, a fonte da razão e de todo os dogmas. Eis aí, senhor e amigo, o que se deve aprender. Vede se não vos assusta; minhas cartas são curtas, porém resumos muito concretos e que expressam muito em poucas palavras. Dei espaço amplo o bastante, entre as minhas cinco primeiras lições, para vos dar tempo de refletir; posso, portanto, escrever-vos, mais amiúde se desejardes. Acreditai-me desejoso de vos ser útil. Vosso, de todo coração, na sagrada ciência. ELIPHAS LEVI SEXTA LIÇÃO A CABALA III Senhor e irmão: A Bíblia deu ao homem dois nomes. O primeiro é Adão, que significa saído da terra ou homem de terra; o segundo é Enos ou Enoch, que significa homem divino ou elevado até Deus. Segundo o Gênese, Enos foi o primeiro que dedicou homenagens públicas ao princípio dos seres, o qual, segundo se diz, foi elevado aos céus, depois de ter gravado nas duas pedras que se denominam as colunas de Henoch os elementos primitivos da religião e da ciência universal. Enoch não é um personagem, mas uma personificação da humanidade, elevada ao sentimento da imortalidade peh religião e ciência. Na época designada com o nome de Enos ou Enoch, apareceu o culto de Deus representado no sacerdote. Na mesma época começa a civilização com a escritura e os monumentos hieráticos. O génio civilizador que os hebreus personificavam em Enoch foi chamado Trismegistos pelos Egípcios, Kadmos ou Cadmus pelos Gregos. Foi Kadmos que viu, aos acordes da lira de Anfion, elevarem-se as pedras vivas de Tebas. O primitivo livro sagrado, o livro que Postel chamou Gênese de Enoch, é a primeira fonte da Cabala, ou tradição divina, humana e religiosa. Nele, a tradição aparece em sua nobre simplicidade, cativando o coração do homem, bem como a lei eterna regulando a expensão infinita, os números na imensidade e a imensidade nos números, a poesia nas matemáticas e as matemáticas na poesia. Quem acreditaria que o livro inspirador de todas as teorias e símbolos religiosos foi conservado até nossos dias sob a forma de um jogo de cartas? Não obstante, nada é mais evidente; e Court de Gebelin foi o primeiro a descobri-lo. O alfabeto e os dez números - isto é, certamente, o mais elementar da ciência. Reuni a isso os signos dos quatro pontos cardeais ou das quatro estações e tereis completado o livro de Enoch. Cada signo representa uma idéia absoluta ou, se preferis, essencial. A forma de cada cifra e de cada letra tem sua razão matemática e significação hieroglífica. As idéias, inseparáveis dos números, seguem, adicionando-se, dividindo-se ou multiplicando-se, etc., o movimento dos números, e adquirem a exatidão. O livro de Henoch é, enfim, a aritmética do pensamento. Vosso na santa ciência. ELIPHAS LEVI Vosso na sagrada ciência. ELIPHAS LEVI SÉTIMA LIÇÃO A CABALA IV Senhor e irmão: Court de Gebelin vislumbrou, nas vinte e duas chaves do Tarô, a representação dos mistérios egípcios, atribuindo sua invenção a Hermes ou Mercúrio Trismegistos, que foi chamado também Thaut ou Thoth. É certo que os hieróglifos do Tarô se encontram nos antigos monumentos do Egito; é certo que os signos deste livro, traçados em quadros sinóticos ou em tabelas ou lâminas metálicas, assemelham-se às inscrições isíacas de Bembo (N. dos T. - Estas inscrições eram feitas em lâminas de cobre e representavam os mistérios de Ísis e da maior parte das divindades egípcias ), reproduzidas separadamente em pedras gravadas ou em medalhas, convertidas posteriormente em amuletos e talismãs. Assim se separavam as páginas do livro, infinito em suas combinações diversas para reuni-las, transportá-las e dispô-las de modo sempre original, obtendo múltiplos oráculos da verdade. Possuo um destes antigos talismãs, trazido do Egito por um viajante amigo. Representa o binário dos Ciclos ou, vulgarmente, o "dois de ouros". É a expressão figurada da grande lei da polarização e do equilíbrio, produzindo a harmonia pela analogia dos contrários. A medalha um pouco apagada é do tamanho de uma moeda de prata de cinco francos, porém mais grossa. Os dois ciclos polares estão representados exatamente como no nosso Tarô italiano, por uma flor deLoto, com uma auréola ou nimbo. A corrente astral que separa e atrai ao mesmo tempo os dois focos polares está representada em nosso talismã egípcio pelo bode de Mendés, colocado entre duas víboras, análogas às serpentes do caduceu. No reverso da medalha, vê-se um adepto ou um sacerdote egípcio que, substituindo Mendés entre os dois ciclos do equilíbrio universal, conduz por uma avenida ladeada por árvores o bode transformado num animal dócil pela ação da vara mágica. Os dez primeiros números, as vinte e duas letras do alfabeto e os quatro signos astronômicos das estações resumem toda a Cabala. Vinte e duas letras e dez números somam as trinta e duas vias do Sepher Jetzirah, quatro representam a mercavah e o shemanphorah. É simples como um jogo de crianças e complicado como os mais árduos problemas das matemáticas superiores. É ingênuo e profundo como a verdade e a natureza. Esses quatro signos elementares e astronômicos são as quatro formas da esfinge e os quatro animais de Ezequiel e São João. Vosso na sagrada ciência. ELIPHAS LEVI OITAVA LIÇÃO A CABALA V Senhor e irmão: A ciência da Cabala impossibilita toda dúvida relativa à religião, por ser ela a única que concilia a razão com a fé, mostrando que o dogma universal formulado de maneiras diversas, porém no fundo sempre o mesmo, é a expressão mais pura das aspirações do espírito humano iluminado pela fé necessária. Clarifica a utilidade das práticas religiosasque concentram a atenção e fortificam a vontade. Prova que o mais eficaz dos cultos é aquele que aproxima, de certo modo, a divindade do homem, permitindo-lhe vê-lo, tocá-lo e, de certa forma, incorporá-lo. É suficiente dizer que se trata da religião católica. Esta religião, tal como se apresenta ao vulgo, é a mais absurda de todas, por ser a mais bem revelada de todas; emprego esta palavra em sua verdadeira acepção: revelar e; velar de novo. Sabeis que no Evangelho se diz que na morte de Cristo o véu do Templo se rasgou por completo; bem, todo trabalho dogmático da Igreja, através das idades, foi o de tecer e bordar um novo véu. É verdade que os próprios chefes do santuário, por haverem desejado ser príncipes, perderam há muito tempo às chaves daelevada iniciação. Isto não impede que a letra do dogma seja sagrada e os sacramentos eficazes. Disse em meus livros que o culto cristão católico é a alta magia regulada e organizada pelo simbolismo e a hierarquia. É uma combinação de auxílios oferecidos à debilidade humana para afirmar sua vontade no bem. Nada foi esquecido, nem o templo misterioso e sombrio nem o incenso que tranqüiliza e exalta ao mesmo tempo, nem os cantos prolongados e monótonos que colocam o cérebro em um semi-sonambulismo. O dogma, cujas formas obscuras parecem o desespero da razão, serve de barreira às petulâncias de um crítico inexperiente e indiscreto. Parecem insondáveis, a fim de melhor representarem o infinito. Os próprios ofícios, celebrados numa língua que a massa popular não entende, preenchem o pensamento daquele que ora e o deixam encontrar na oração tudo o que está em relação com as necessidades do espírito e do coração. Eis aí por que a religião católica se assemelha à ave fênix da fábula que renasce continuamente de suas cinzas. E esse grande mistério da fé é simplesmente um mistério da natureza. Pode parecer um paradoxo dizer-se que a religião católica é a única que podei-ia chamar-se natural e, portanto, verdadeira; todavia é a única que satisfaz plenamente essa necessidade natural dos homens. Vosso na santa ciência. ELIPHAS LEVI É PROIBIDA A REPRODUÇÃO - DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS A ORDEM MAÇÔNICA ELUS COHEN

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

História do Baphomet

A história em torno do Baphomet foi intimamente relacionada com a da Ordem do Templo, ou Ordem dos Templários, pelo Rei Filipe IV de França e com apoio do Papa Clemente V, ambos com o intuito de desmoralizar a Ordem, pois o primeiro era seu grande devedor e o segundo queria revogar o tratado que isentava os Cavaleiros Templários de pagar taxas a Igreja Católica. A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, também conhecida como Ordem do Templo, foi fundada no ano de 1118. O objetivo dos cavaleiros templários era supostamente proteger os peregrinos em seu caminho para a Terra Santa. Eles receberam como área para sua sede o território que corresponde ao Templo de Salomão, em Jerusalém, e daí a origem do nome da Ordem. Segundo a história, os Cavaleiros tornaram-se poderosos e ricos, mais que os soberanos da época. Segundo a lenda, eles teriam encontrado no território que receberam documentos e tesouros que os tornaram poderosos. Segundo alguns, eles ficaram com a tutela do Santo Graal dentre outros tesouros da tradição católica. Em 13 de outubro de 1307, sob as ordens de Felipe, o Belo (homem torpe e grande devedor de dinheiro para a Ordem e favores para o Grão-Mestre Jacques DeMolay, sendo este inclusive padrinho de seu filho) e com o apoio do Papa Clemente V, os cavaleiros foram presos, torturados e condenados à fogueira, acusados de diversas heresias. A Igreja acusava os templários de adorar o diabo na figura de uma cabeça com chifres que eles chamavam Baphomet (a partir daí criou-se a crença de um demônio chifrudo), de cuspir na cruz, e de praticar rituais de cunho sexual, inclusive práticas homossexuais (embasado no símbolo da Ordem, que era representado por dois Cavaleiros usando o mesmo cavalo). O Baphomet tornou-se o bode expiatório da condenação da Ordem pela Igreja Católica e da matança de templários na fogueira que se seguiu a isto. Origem da expressão "Baphomet" A origem da palavra Baphomet ficou perdida, e muitas especulações podem ser feitas, desde uma corruptela de Muhammad (Maomé - o nome do profeta do Islã), até Baph+Metis do grego "Batismo de Sabedoria". Outra teoria nos leva a uma composição do nome de três deuses: Baph, que seria ligado ao deus Baal; Pho, que derivaria do deus Moloch; e Met, advindo de um deus dos egípcios, Set. A palavra "Baphomet" em hebraico é como segue: Beth-Pe-Vav-Mem-Taf. Aplicando-se a cifra Atbash (método de codificação usado pelos Cabalistas judeus), obtém-se Shin-Vav-Pe-Yod-Aleph, que soletra-se Sophia, palavra grega para "sabedoria". Todavia ainda existem fontes que afirmam uma outra origem do termo. Segundo alguns, o nome veio da expressão grega Baph-Metra( mãe-Metra ou Meter-submersa; Baph-em sangue. Ou seja, a Mãe de sangue, ou a Mãe sinistra. Grande parte dos historiadores que afirmam essa versão se baseiam no fato que o culto á cabeça esta relacionada com conjurações de entidades femininas. Significados possíveis O símbolo do Baphomet é fálico, haja vista que em uma de suas representações há a presença literal do falo devidamente inserido em um vaso (símbolo claro da vulva). O Baphomet de Levi possui mamas de mulher e o pênis é metaforicamente representado por um Caduceu. Este tipo de simbologia sexual aparece com freqüência na alquimia (o coito do rei e da rainha), com a qual o ocultismo tem relação. A figura do Baphomet também é relacionada as virgens que apresentavam anomalias em seus bustos. As virgens de 3 mamilos e as virgens de apenas 1 seio era tatuadas com a cabeça do Baphomet para que nenhum homem pudesse tocá-las. Diziam que as mulheres com tais anomalias genéticas eram amaldiçoadas. Pode ser interpretado em seu aspecto metafísico, onde pode representar o espírito divino que "ligou o céu e a terra", tema recorrente na literatura esotérica. Isto pode ser visto no Baphomet de Eliphas Levi, que aponta com um braço para cima e com o outro para baixo (em uma posição muito semelhante a representações de Shiva na Índia). No ocultismo isto representaria o conceito que diz "assim em cima como embaixo". Eliphas Levi lista as mais frequentes representações do Baphomet: um ídolo com cabeça humana; uma cabeça com duas faces; com barba; sem barba; com a cabeça de um bode; com a cabeça de um homem; com a cabeça de um bode e o corpo de homem; Muito embora várias tenham sido sua suposta representação, a única imagem de Baphomet encontrada em um santuário templário consta de uma cabeça humana com três faces, cada uma representando uma face de Deus (o Deus Judeu, o Deus Islâmico e o Deus Cristão). Hoje sabe-se que a figura do bode de Mêndes, a qual Eliphas Levi atribuiu o "posto" de Baphomet, não passa de uma figura ocultista que nada tem aver com o Baphomet Templário. Baphomet Por Eliphas Levi Na classificação e explicação das gravuras de seu livro Dogma e Ritual da Alta Magia, Eliphas Levi classifica a imagem de Baphomet como a figura panteística e mágica do absoluto. O facho representa a inteligência equilibrante do ternário e a cabeça de bode, reunindo caracteres de cão, touro e burro, representa a responsabilidade apenas da matéria e a expiação corporal dos pecados. As mãos humanas mostram a santidade do trabalho e fazem o sinal da iniciação esotérica a indicar o antigo aforismo de Hermes Trismegisto: "o que está em cima é igual ao que está embaixo". O sinal com as mãos também vem a recomendar aos iniciados nas artes ocultas os mistérios. Os crescentes lunares presentes na figura indicam as relações entre o bem e o mal, da misericórdia e da justiça. A figura pode ser colorida no ventre (verde), no semicírculo (azul) e nas penas (diversas cores). Possuindo seios, o bode representa o papel de trazer à Humanidade os sinais da maternidade e do trabalho, os quais são signos redentores. Na fronte e embaixo do facho encontra-se o signo do microcosmo a representar simbolicamente a inteligência humana. Colocado abaixo do facho o símbolo faz da chama dele uma imagem da revelação divina. Baphomet deve estar assentado ou em um cubo e tendo como estrado uma bola apenas ou uma bola e um escabelo triangular.

AS QUALIDADES DE SER UM MAÇON ELUS COHEN

O segredo do presente documento é deixado à lealdade e à honra de quem com ele é honrado. 01 –Acreditar em Deus – G.´.A.´.D.´.U.´. – antes de mais nada; 02 - Ter compaixão e praticar a caridade; pregar e praticar a tolerância. 03 – Lutar contra a hipocrisia, o fanatismo e todas as formas de dissimulação; 04 – Perseguir tenazmente a Fraternidade e a Paz entre os humanos; 05 – Respeitar as religiões, mas demonstrar total descrença no politeísmo. 06 – Reconhecer em Deus a eterna fonte da Sabedoria e honrá-lo com as práticas das virtudes. 07 – Honrar os pais, proteger os mais velhos, ilustrar a juventude e zelar pela infância. 08 – Evitar todos os excessos; o equilíbrio está “no meio”. 09 – Crer no alto valor da personalidade humana. 10 – Crer no direito de todos e de cada um de sair em busca da verdade, segundo suas próprias convicções. 11 – Crer na responsabilidade moral dos homens em relação a todos os atos e determinações praticados; 12 – Crer na igualdade essencial de todos os humanos. 13 – Crer no dever de todos e de cada um de engajar-se ativamente na busca incessante da felicidade de todos os seres. 14 – Ser modelo da eterna e universal justiça para que todos possam concorrer para a felicidade comum. 15 – Saber conservar o bom senso e a calma quando outros o acusam e o caluniam; 16 – Ser capaz de servir àqueles à sua volta. 17 – Saber falar ao simples sem arrogância ou prepotência, e ao poderoso, sem subserviência ou inferioridade. 18 – Respeitar e ser tolerante para com as religiões ou posições políticas diferentes das próprias. 19 – Ser promotor da paz e união, cônscio de que todos tem sentimentos, mas o maçom Elus Cohen é balizado por princípios e preceitos, prevalecendo a razão. 20 – Ser bom, leal, generoso e feliz; amar a Deus sobre todas as coisas; 21 – Pautar-se pelo paradigma da escola iniciática, condicionado a prática e à apologia das virtudes. 22 – Ser buscador da Sabedoria, da Verdade, da Justiça e da Felicidade de todos; 23 – Ser amigo e defensor dos desassistidos e carentes de todos os gêneros. 24 – Ser justo e aprender a conhecer os humanos para conhecer a si mesmo. 25 – Ser justo, também, dado que a equidade é o suporte do gênero humano; 26 – Ser bom, pois a bondade enlaça todos os corações. 27 – Ser misericordioso e, com isso, reconhecer que se é vulnerável e que se vive entre pessoas tão débeis e vulneráveis quanto a si mesmo; 28 – Ser agradecido, pois o reconhecimento alimenta e sustenta a bondade; 29 – Ser modesto, porque o orgulho subverte o ego das pessoas e o destrói; 30 – Ser arauto da Liberdade, da Razão e da Justiça. E gladiador irredutível contra o obscurantismo, a hipocrisia e a tirania. 31 – Ser desbravador da trilha do amor a Deus, não sob o interesse de receber o “prêmio” ou o temor ao castigo, e, sim, por desprendimento e abnegação. 32 – Saber mostrar ao mundo que nossa Ordem é uma Sociedade de Auxílios Mútuos, na qual prevalecem o espírito fraterno, a fraternidade espiritualmente abençoada e o espírito fraternalmente disposto. 33 – Arrostar adversidades, pugnar com denodo sem, entretanto, descurar da Tolerância como proposição maior. 34 – Desbravar o Caminho Iniciático do Conhecimento e possibilitar acesso a quem quer que queira trilhá-lo; 35 – Estruturar um modo de vida calcado nos preceitos, princípios e proposições derivados do estudo dos Símbolos; 36 – Exaltar tudo o que une e repudiar tudo o que divide. 37 – Perseguir o progresso sem que, com isso, na mais pura acepção, alterem o estado de plenamente conservadores no que tange às tradições, ao Rito, às formas especiais de educação e aos costumes correlatos; 38 – Assumir a prática costumeira do bem como patrimônio moral, que autogratifica o virtuoso; 39 – Guiar-se por princípios, mais do que por sentimentos, e não admitir pressão impertinente; 40 – Refutar maledicências ou calunias. Os entendimentos, então, baseados no principio da Liberdade, serão de “Coração Aberto”; 41 – Combater o vicio sem fronteiras e sem descanso; 42 – Só praticar atos que não degradem a alma, que é imortal; 43 - Resignar-se com a própria sorte quando diante de fatos e fados inevitáveis da vida, conservando a Luz da própria sabedoria; sempre que a luta for possível, no entanto, deixar de lutar significa disfarçar a ignorância, a impotência, a debilidade, a indolência ou a vileza. 43 – Amar esposa e filhos; amar a pátria e acatar as leis em vigor; 44 – Não se deixar dominar pelas paixões; mas ser indulgente com os erros. 45 – Escutar sempre, falar pouco e agir de modo eficiente. 46 – Esquecer injúrias, devolver bem por mal e não abusar da força e da superioridade. 47 – Alias, perdoar as injúrias, porque a represália eterniza o ódio, que só destrói. 48 – Não esquecer, jamais, que a humanidade tem seus direitos; lembrar sempre, porém, de defender seu país; 49 – Não esquecer nunca que há momentos da vida em que a necessidade de beleza moral supera a intelectual; 50 – Amar do nível mais alto possível, sem compaixão, quando puder amar por amor; não perdoar por bondade, quando puder por justiça; não consolar quando puder ensinar a respeitar; 51 – Fundar-se, individual e coletivamente, na meritocracia, na qual valor e mérito pessoal são as preferências. 52 – Realizar o sonho de desbastar pelo pensamento e pelas ações as arestas dos vícios e da insensatez. 53 – Socorrer o Irmão nas dificuldades. 54 – Amparar as viúvas (cunhadas) e os órfãos (sobrinhos). 55 – Combater o fanatismo e a superstição com o uso da suave razão, sem acirramento de ânimos; 56 – Perseguir o oferecimento de oportunidades iguais e chances equitativas de acesso às benesses da vida a todos os humanos. 57 – Aceitar responsabilidade e compromissos, requisitos primordiais, qualquer que seja o aprendizado. 58 – Praticar a benemerência para minorar os desequilíbrios sociais, sempre presentes; 59 – Buscar sempre a verdade, qualquer que seja o grau de conflito ou confronto no qual esteja envolvido; 60 – Não compactuar com a falta ou a miscigenação da sinceridade e da retidão de caráter; 61 – Dar com uma das mãos sem que a outra saiba; 62 – Aprimorar-se moralmente e elevar o espírito para reforçar os laços fraternais com seus semelhantes, em níveis intensos e elevados; 63 – Buscar a verdade, por mais dura e contundente que seja; 64 – Permanecer livre e de bons costumes; 65 – Trabalhar em prol da família, da pátria e da humanidade; 66 – Intensificar o fator educativo, transformando o homem em um ser humano melhor; o fator filantrópico, melhorando a sociedade; e o fator iniciático, absorvendo e espargindo sabedoria. O segredo do presente documento é deixado à lealdade e à honra de quem com ele é honrado. Miguel Montte G.´. M.´.

DA LOJA E SEUS OBJETIVOS

CAPÍTULO I DA LOJA E SEUS OBJETIVOS Artigo 1º A O.´.D.´.C.´.M.´.E+C.´.D.´.U.´.fundada em 15 de Novembro de 2008, sob os auspícios da Do G.´.A.´.D.´.U.´., é uma instituição baseada nos princípios da Maçonaria Universal. Artigo 2º A Loja tem por objetivo: a) Trabalhar com todo esforço para a instrução e o aperfeiçoamento moral de seus Obreiros e do ser humano em geral, tornando-os mais úteis à Pátria e à Humanidade. b) Combater a tirania, a ignorância, os preconceitos e os erros e glorificar o direito, a justiça e a verdade, promovendo o bem estar da Pátria e da humanidade. c) Prestar, dentro de suas possibilidades, assistência moral, social e material aos seus Membros e suas famílias. d) Praticar atos de benemerência, fraternidade e solidariedade humana. e) Zelar pela integridade dos princípios que adota e pelo cumprimento de todas as leis, e outras resoluções tomadas pelos poderes competentes. Artigo 3º A Loja compor-se-á de número ilimitado de Obreiros ativos que serão classificados nas seguintes categorias: - Fundadores - Efetivos - Beneméritos a) Fundadores - são os que assinaram o requerimento de fundação constantes na sua ata de Fundação e contribuíram com uma importância para um fundo de reserva e os que se filiaram ou se iniciaram até 15 de Novembro de 2008. b) Efetivos - são os iniciados, filiados ou regularizados, após 15 de Novembro de 2008. c) Beneméritos - são os Obreiros da Loja ou de outras Lojas, que, por sua atuação em benefício da Loja ou da O.´.D.´.C.´.M.´.E+C.´.D.´.U.´. E+C, sejam considerados merecedores deste Título, em sessão extraordinária, por aprovação de 2/3, por proposta firmada por 05 (cinco) Obreiros da Loja. § Único - Obreiros de qualquer categoria não respondem subsidiariamente pelas obrigações sociais. CAPÍTULO II DAS ADMISSÕES Artigo 4º A admissão ao quadro de Obreiros da Loja será feita por iniciação, filiação e regularização. Artigo 5º A filiação e a regularização de Obreiros no quadro da Loja terão suas normas reguladas pelo disposto no Regulamento Geral da Grande Loja Maçônica ELUS COHEN. § Único - Os Aprendizes e os Companheiros obedecerão às normas e diretrizes estabelecidas pelo Regulamento Geral da Grande Loja Maçônica E+C. Artigo 6º Só poderão filiar-se ou regularizarem-se os Mestres Maçons, que pertençam a uma Loja da nossa obediência ou outras Potências Maçônicas com as quais a Grande Loja Maçônica E+C mantenha relações, certificado de grau ou cadastro e documento de quitação com a Tesouraria da Loja de sua procedência, mediante processo regular. CAPÍTULO III DAS INICIAÇÕES Artigo 7º O candidato à iniciação deverá pedi-la em requerimento de modelo próprio aprovado pela Grande Loja Maçônica O.´.D.´.C.´.M.´.E+C.´.D.´.U.´., preenchendo com fidelidade tudo que ali se contém. Artigo 8º O candidato deve declarar mais que: 1) Sob palavra de honra que jamais foi processado em tribunal profano e, em caso positivo, citar a sentença. 2) Se já pediu iniciação em outra Loja ou Potência e porque não foi aceito. 3) Se, crê em Deus. 4) Se, crê em vida futura. 5) Não pertence a algum partido político ou sociedade que por juramento prive o homem da liberdade de pensamento. 6) Faz o pedido livre de qualquer constrangimento físico ou moral e de sua espontânea vontade. 7) Não está sujeito a atividade profissional que o impeça de freqüentar regularmente a Loja. 8) Não existe por parte de seus familiares, constrangimento físico e moral que o impeça de ingressar na O.´.D.´.C.´.M.´.E+C.´.D.´.U.´.. Artigo 9º O requerimento deve ter o apoio de pelo menos três Mestres Maçons regulares pertencentes ao quadro da Loja, devendo os entendimentos entre a Loja e o requerente serem feitos por intermédio dos proponentes. Artigo 10 O candidato deve apresentar à Loja os seguintes documentos: 1) Atestado de sanidade física e mental (isenção de moléstia transmissível e de defeitos físicos que reduzam a capacidade para as atividades Maçônicas) passado por estabelecimento médico oficial ou particular ou, ainda, por médico a critério da Loja. 2) Relação de 3 (três) pessoas, no mínimo, que possam fornecer informações a respeito do candidato, com os respectivos endereços. 3) Referências comerciais e bancárias. 4) Retratos 3 x 4 de frente com paletó e gravata, sem chapéu (12 retratos). 5) Comprovação de rendimentos. 6) Ficha Cadastral e Declaração de Voluntário. CAPÍTULO IV DAS CONTRIBUIÇÕES E TAXAS Artigo 11 As contribuições a que estão sujeitos os Obreiros serão fixadas na Assembléia Anual da Loja. Artigo 12 A mensalidade dos Obreiros da Loja fixada na Assembléia anual da Loja deve ser paga até a última sessão do mês corrente, ou todo o dia 10 (dez) do corrente. Artigo 13 A taxa de iniciação será de 03 (três) salários mínimos; elevação será de 03 (três) salários mínimos, mais as taxas devidas à Grande Loja, conforme tabela anterior. Artigo 14 O atraso de 6 (seis) mensalidades importará na perda dos Direitos Maçônicos, na forma que preceitua as Normas e Diretrizes da Grande Loja. § Único – o Obreiro contribuinte que se atrasar em 12 (doze) meses de suas contribuições poderá ser eliminado pela Loja, independentemente de qualquer processo, desde que tenham sido observadas as regras e as Normas e Diretrizes da Grande Loja. Caso contrário, será ele ouvido para que apresente defesa em 10 (dez) dias, decidindo a Loja, a seguir. Artigo 15 O Obreiro coberto por falta de pagamento só poderá ser readmitido após o pagamento de seu débito e mediante requerimento de regularização à Loja, ao qual juntará comprovante dos pagamentos, observado o que dispõe as Normas e Diretrizes da Grande Loja, sobre o caso. CAPÍTULO V DAS ELEVAÇÕES E EXALTAÇÕES Artigo 16 Só poderão ser elevados e exaltados os Irmãos que atenderem aos seguintes quesitos: a) Estarem quites com a Tesouraria. b) Terem recebido as instruções legais previstas. c) Manter freqüência mínima de 75% por um ano. d) Proceder, no mínimo, 02 (duas) visitas à Lojas co-irmãs. e) Apresentar, no mínimo, 02 (duas) peças de arquitetura do grau. f) Após serem aprovados em Assembléia da Loja. § Único - Para a elevação ao Grau de Companheiro será exigido o interstício mínimo de 06 (seis) meses, a partir da data de Iniciação; para a Exaltação esse interstício será, também, no mínimo de 06 (seis) meses, a contar da data de Elevação, e terem recebido todas as instruções previstas no Ritual próprio. CAPÍTULO VI DOS DEVERES DOS OBREIROS Artigo 17 Os deveres dos Obreiros, além dos consignados na Constituição e Regulamento Geral da Grande Loja Maçônica O.´.D.´.C.´.M.´.E+C.´.D.´.U.´., são os seguintes: a) Conhecer, cumprir e fazer cumprir as disposições deste Regimento Interno, dos Estatutos e Deliberações da Loja. b) Cumprir todos os compromissos morais, sociais e materiais livremente assumidos, comparecendo assiduamente aos trabalhos da Loja, devidamente trajado. c) Instruir-se nos princípios e práticas Maçônicas para desempenhar com acerto e dignidade as funções que lhe forem confiadas. d) Pautar seus atos, em qualquer ocasião, dentro dos mais rígidos princípios Maçônicos, quer na Maçonaria quer fora dela. e) Comunicar à Loja quaisquer fatos maçônicos ou profanos que possam vir a prejudicar ou desprestigiar a Loja, seus Obreiros ou a Maçonaria em geral. f) Apoiar moral e materialmente seus Irmãos espalhados pelo Universo, em tudo o que for justo e digno. g) Aceitar os cargos para os quais for eleito, salvo recusa por motivo de força maior devidamente aprovado pela Loja. h) Concorrer para o bom nome da Loja e da Maçonaria, onde quer que se encontre, e não tratar de assuntos Maçônicos em lugares impróprios. i) Atender prontamente às ordens do Veneralato. j) Obediência às ordens da Loja. k) Evitar conversações durante os trabalhos da Loja. l) É vedada a cobertura do Templo sem permissão expressa do Venerável da Loja, sob pena de incorrer nas disposições penais Maçônicas. m) Zelar pela economia e conservação do material e bens pertencentes à Loja. n) Providenciar junto à Secretaria para que esteja em ordem o seu cadastro. o) Pagar regularmente as contribuições e taxas, conforme estipuladas no Capítulo IV e seus artigos, deste Regimento. CAPÍTULO VII DOS DIREITOS DOS OBREIROS Artigo 18 Os direitos dos Obreiros, além dos indicados na Constituição e no Regulamento Geral da Grande Loja Maçônica O.´.D.´.C.´.M.´.E+C.´.D.´.U.´., são os seguintes: a) Justa proteção da Loja, de acordo com as disposições que regem a matéria. b) Votar e ser votado para qualquer cargo, satisfeitos os requisitos legais determinados pela Lei Eleitoral, Constituição e pelo Regulamento Geral da Grande Loja Maçônica O.´.D.´.C.´.M.´.E+C.´.D.´.U.´., bem como os Estatutos e Regimento Interno desta Loja. c) Emitir livremente sua opinião em Loja, sujeitando-se, porém, à disciplina interna da Loja. d) Retirar-se livremente do Quadro da Loja, estando quites com suas contribuições e não estando sob-júdice. e) Ter amplo direito de defesa, quando julgado por Tribunal Maçônico. f) Apresentar propostas, sugestões ou projetos que julgar de utilidade para a Loja e a Maçonaria, bem como discutir e votar assunto de natureza econômico-administrativa da Loja e tudo que se referir ao progresso e bem estar da humanidade, desde que observados os artigos 14 e 15 dos Estatutos desta Loja. g) Lutar por seus direitos, quando os julgar lesados e feridos, observados a ética e disciplina Maçônica. CAPÍTULO VIII DAS PROIBIÇÕES Artigo 19 Ao Obreiro da Ordem: a) Referir-se de modo depreciativo ou criticar os atos do Venerável Mestre, quando no pleno exercício de suas funções. b) Cobrir o Templo, sem prévia e expressa permissão do Venerável Mestre da Loja. c) Valer-se de cargo na Loja para auferir proveito pessoal. d) Estabelecer, em Loja, debates ou pronunciamentos que possam criar animosidade entre Irmãos, acerca de ideologia política, credo religioso ou preconceito racial. e) Pleitear contra os interesses da Loja quer diretamente, quer através de procurador ou intermediário. f) Delegar a pessoa profana, ou Maçom de outra Loja, o desempenho de encargo que lhe for conferido pela Loja. g) Pleitear em esfera administrativa ou judicial perante a Grande Loja, sem ter esgotado seus recursos em Loja. h) Dirigir-se diretamente à Grande Loja, sem ser por intermédio de sua Loja. CAPÍTULO IX DA ADMINISTRAÇÃO Artigo 20 A Loja será administrada por uma diretoria eleita por um ano composta de Oficiais que são: a) DIGNIDADES: 1. Venerável Mestre - Presidente 2. Primeiro Vigilante - 1o Vice-Presidente 3. Segundo Vigilante - 2o Vice-Presidente 4. Orador 5. Secretário a) OFICIAIS: 6. Tesoureiro 7. Chanceler 8. Mestre de Cerimônia 9. Hospitaleiro 10. Primeiro Diácono 11. Segundo Diácono 12. Porta-Espada 13. Porta-Estandarte 14. Primeiro Experto 15. Segundo Experto 16. Terceiro Experto 17. Guarda do templo 18. Cobridor 19. Arquiteto 20. Mestre de Banquete 21. Mestre de Harmonia 22. Bibliotecário § 1o - Os cargos de Orador, Secretário e Tesoureiro terão adjuntos, substituindo os titulares em seus impedimentos. § 2o - Todos os cargos da Loja serão exercidos graciosamente. § 3o - Qualquer membro da administração que deixar de comparecer a 05 (cinco) reuniões consecutivas, ou 07 (sete) intercaladas, sem causa justificada, perderá seu mandato. § 4o - A prorrogação do mandato do Venerável Mestre obedecerá ao previsto na Constituição, Regulamento Geral e Código Eleitoral da Grande Loja, evitando-se, entretanto, a prorrogação, dentro do possível, para dar oportunidade a todos. § 5º - O GRÃO-MESTRE tem acento obrigatório no Oriente a direita do Venerável Mestre. Artigo 21 Além dos Oficiais enumerados no artigo anterior, a Diretoria será auxiliada pelas seguintes comissões: - Comissão Central - Comissão de Finanças - Comissão de Relações Externas - Comissão de Solidariedade § Único - As comissões serão constituídas, respectivamente, por três membros, presidindo-as os de maior idade Maçônica, exceto a Comissão de Relações Externas, cujo Presidente, obrigatoriamente, será o Irmão Chanceler. Artigo 22 Os membros da Administração da Loja, em consonância com os deveres constantes nos rituais, Estatuto da Loja, Constituição, Regulamento Geral da Grande Loja Maçônica O.´.D.´.C.´.M.´.E+C.´.D.´.U.´. e demais Leis, terão, ainda, as atribuições constantes deste Regimento Interno. Artigo 23 Compete ao VENERÁVEL MESTRE: a) Cumprir e fazer cumprir a Constituição, Regulamento Geral, Código Eleitoral, e Código Disciplinar da Grande Loja, bem como os Estatutos e Regimento Interno desta Loja. b) Presidir os trabalhos da Loja, observando rigorosamente o ritual. c) Ser, juntamente com os Vigilantes e GRÃO-MESTRE imediato ou na falta deste o antecessor mais próximo, representante da Loja na Assembléia Geral da Grande Loja. d) Representar a Loja em Juízo, ou fora dele, e nas Relações Maçônicas. e) Ser guarda e responsável pela Carta Constitutiva da Loja, entregando-a ao seu substituto legal. f) Organizar, com o Tesoureiro, o orçamento anual da Loja. g) Providenciar o preenchimento dos cargos vagos. h) Visar todas as cartas expedidas pela Secretaria da Loja, pagamentos a serem feitos pelo Tesoureiro, autorizando-os a efetuar despesas urgentes e inadiáveis, previstas e autorizadas pelo orçamento anual da Loja. i) Ter o voto de desempate, exceto nas eleições e nos escrutínios secretos. Artigo 24 Compete ao 1o VIGILANTE: a) Substituir o Venerável Mestre em seus impedimentos, presidindo as sessões em que ele não comparecer. b) Anunciar, em sua coluna, as ordens do Venerável Mestre e comunicar a este o que for cientificado pelo 2o Vigilante. c) Manter a ordem e o silêncio em sua coluna, evitando palestras no decorrer dos trabalhos. d) Não permitir que um Obreiro de sua coluna passe para outra coluna sem o seu consentimento. e) Conceder a palavra para os Obreiros de sua coluna, devidamente autorizados pelo Venerável Mestre, observando a ordem das solicitações. f) Pedir ao Venerável Mestre, licença para qualquer Obreiro de sua coluna cobrir o Templo, só devendo fazê-lo se isto não perturbar os trabalhos ou não ocasionar falta de número para o seu prosseguimento. g) Opinar sobre a elevação do Aprendiz a Companheiro. h) Representar a Loja, juntamente com o Venerável Mestre, 2o Vigilante e GRÃO-MESTRE, na Assembléia Geral da Grande Loja. i) Presidir as Comissões de Visitação às Lojas co-irmãs , quando o Venerável Mestre estiver ausente. Artigo 25 Compete ao 2o VIGILANTE: a) Substituir o Venerável Mestre em seus impedimentos, quando o 1o Vigilante estiver ausente, presidindo as sessões em que eles não comparecerem b) Substituir o 1o Vigilante em suas faltas e impedimentos. c) Anunciar, em sua coluna, as ordens do Venerável Mestre, transmitidas pelo 1o Vigilante, e a este comunicar que reina silêncio em sua coluna, quando isto ocorrer. d) Manter a ordem e o silêncio em sua coluna, evitando palestras no decorrer dos trabalhos. e) Não permitir que um Obreiro de sua coluna passe para outra coluna sem o seu consentimento. f) Conceder a palavra para os Obreiros de sua coluna, devidamente autorizados pelo Venerável Mestre, observando a ordem das solicitações. g) Pedir ao Venerável Mestre, licença para qualquer Obreiro de sua coluna cobrir o Templo, só devendo fazê-lo se isto não perturbar os trabalhos ou não ocasionar falta de número para o seu prosseguimento. h) Opinar sobre a exaltação do Companheiro a Mestre. i) Representar a Loja, juntamente com o Venerável Mestre, 1o Vigilante e GRÃO-MESTRE, na Assembléia Geral da Grande Loja. Artigo 26 Compete ao ORADOR: a) Observar e fazer observar as disposições contidas nas normas e regulamentos da ordem, na Constituição, no Regulamento Geral e demais da Grande Loja, opondo-se de ofício, as deliberações que lhe forem contrárias, protestando contra elas e mesmo delas recorrendo, consignando-se o fato na ata respectiva. b) Assinar, com o Venerável Mestre e o Secretário, a ata das sessões e assistir, de pé, à verificação da Bolsa de Propostas e Informações, sem se afastar de seu triângulo. c) Fazer observar o estrito cumprimento dos deveres a que se obrigar os Obreiros da Loja, à qual comunicará qualquer infração que verificar, promovendo, inclusive, o pronunciamento do órgão punitivo competente, observado o Código de Infrações Disciplinares. d) Requerer, verbalmente, o adiamento da discussão de qualquer assunto, deliberação ou proposta que lhe pareça ilegal ou não devidamente esclarecida. Assim procedendo, ficará desde logo adiada a matéria. Mas nessa iniciativa deverá agir com todo critério, sob pena de responsabilidade. e) Apresentar, podendo falar sentado nesta ocasião, no encerramento das discussões de qualquer assunto e as suas conclusões, fazendo-as em termos serenos e de modo a não ferir quaisquer suscetibilidades de Irmãos. f) Ler, por ordem do Venerável Mestre, os Atos, Decretos, Leis, Instruções do Sereníssimo Grão Mestre e dos demais Órgãos da Grande Loja. g) Celebrar, com peças de arquitetura, as festas da Ordem ou da Oficina, pompas fúnebres, colação de grau, recepções a visitantes e responder às comissões de outras Oficinas, tudo sem fugir as linhas gerais da Maçonaria Simbólica Universal. h) Observar para que qualquer iniciação, filiação ou regularização se apresente em completa consonância com as exigências formais desses atos. § Único – O Orador Adjunto substituirá o titular em suas faltas ou impedimentos e, se já estiver participando da discussão ao chegar o titular, continuará nas suas funções até proferir suas conclusões sobre o assunto em debate. Artigo 27 Compete ao SECRETÁRIO: a) Redigir, no livro competente de cada grau, o balaústre das respectivas reuniões, lendo-os e assinando-os depois de aprovados. b) Falar sentado, quando da leitura da ata ou do expediente. c) Receber a correspondência, registrando-a e dando-lhe o devido destino. d) Fazer pontualmente todas as comunicações devidas a Grande Loja e manter em dia e em boa ordem, os livros a seu cargo. e) Fazer a chamada dos Obreiros, nas votações nominais e nas eleições, auxiliando o Venerável Mestre na verificação. f) Passar, com autorização do Venerável Mestre, todos os certificados e certidões pedidas pelos Obreiros, devendo, quando sujeitos a pagamento de taxas, faze-lo mediante apresentação de recibo do Tesoureiro e nele colocando os selos devidos. À sua assinatura juntará a do Venerável Mestre ou de outro Oficial, quando isto for exigido. g) Comunicar ao Tesoureiro as elevações de grau e as resoluções de ordem econômica referente às iniciações, regularizações ou filiações. h) Fazer, de ordem do Venerável Mestre, as convocações das sessões especiais, assinando os respectivos convites. i) Manter em dia o dossiê dos Obreiros com a declaração de seu estado civil, nacionalidade, naturalidade, residência, Loja em que foi iniciado, data da iniciação ou regularização, filiação civil, aumento de salário, cargos exercidos e tudo quanto sobre cada um vier a constar dos Balaústres em referência à sua vida Maçônica. j) Preparar, segundo as regras vigentes, todos os papéis e documentos que devam ser encaminhados a Grande Loja. k) Comunicar à Grande Loja o recebimento do expediente e que dele foi dado conhecimento à Oficina. § Único – O Secretário Adjunto terá lugar ao lado do titular, no Oriente, e, além de o substituir em suas faltas e impedimentos, terá seu cargo, ainda, a organização, guarda, zelo, e responsabilidade do arquivo da Loja. Artigo 28 Compete ao TESOUREIRO: a) Arrecadar a receita e pagar as despesas da Loja, autorizadas pelo Venerável Mestre, assinando com o mesmo, todo o cheque, ordens de pagamento, títulos e documentos que envolvam responsabilidade financeira da Loja. b) Recolher a estabelecimento bancário os metais da Loja e manter em dia a escrituração dos livros da tesouraria. c) Prestar informações e emitir opiniões, quando solicitado, nos assuntos de sua competência. d) Apresentar resumos mensais de caixas, balancetes trimestrais e Proposta Orçamentária Anual, bem como preparar o balanço geral anual, para que possa ser apreciado antes da transmissão dos cargos. e) Conferir com o Hospitaleiro o Tronco de Solidariedade. f) Informar, nas sessões de eleição, quais os Obreiros em condição de votar, mediante relação que entregará ao Secretário. g) Comunicar à Oficina na primeira reunião que se seguir ao terceiro mês de atraso a relação dos Obreiros em inadimplência, ratificando o ato no terceiro mês subseqüente, se nenhuma providência for tomada até aquela data. h) Remeter à Grande Loja Maçônica O.´.D.´.C.´.M.´.E+C.´.D.´.U.´., após aprovação pela Loja, cópia do Balanço Geral Anual. § Único – Ao Tesoureiro Adjunto compete substituir o titular em suas faltas e impedimentos. Artigo 29 Compete ao CHANCELER: a) Timbrar o papel destinado ao expediente. b) Selar todos os documentos que devam sair da Loja. c) Ter a seu cargo o “Livro Negro” e o de freqüência da Loja. d) Informar da assiduidade dos Obreiros e sobre pedidos de Elevações quanto ao número de sessões freqüentadas pelos postulantes. e) Informar nas sessões de eleição, quais os Obreiros em condições de votar mediante relação de freqüência que entregará ao Secretário. Artigo 30 Compete ao MESTRE DE CERIMÔNIAS: a) Distribuir, com antecedência, as insígnias e aventais aos Obreiros e organizar o cortejo de entrada no Templo. b) Autorizado pelo Venerável Mestre preencher os cargos vagos da Loja. c) Fazer assinar as atas das reuniões. d) Fazer circular a Bolsa de Propostas e Informações. e) Verificar e informar ao Venerável Mestre os resultados de votações simbólicas. f) Organizar, delas fazendo parte, as Comissões Internas ordenadas pelo Venerável Mestre para recepcionar qualquer Obreiro ou Autoridade. g) Retransmitir ao Venerável Mestre a Palavra Mensal, na Cadeia de União. h) Incinerar, na respectiva pira, todos os documentos a tanto destinados. Artigo 31 Compete ao HOSPITALEIRO: a) Circular o Tronco de Solidariedade, nas sessões, entregando o produto ao tesoureiro e auxiliando-o na sua conferência. b) Visitar os Irmãos ausentes, ou enfermos, que se achem impossibilitados de comparecerem às sessões da Loja, dando parte à Loja do estado e situação dos mesmos. c) Ser o executor dos auxílios, após requisitar do Irmão Tesoureiro, com a autorização do Venerável Mestre, informando à Loja todos os pedidos. d) Apresentar mensalmente o relatório de suas atividades, visitas e auxílios prestados em suas atividades. e) Apresentar balancete trimestral e balanço anual dos auxílios efetuados. f) Procurar obter da família do Obreiro falecido, a restituição de seus documentos, aventais e insígnias Artigo 32 Compete ao 1o DIÁCONO: a) Manter a ordem e disciplina durante as sessões. b) Levar do Oriente para a coluna do Norte a respectiva palavra, na abertura e encerramento das sessões, indo postar-se no Altar dos Juramentos, ao Norte, e, após, abrir o painel da Loja. c) Fechar o painel da Loja no encerramento dos trabalhos. Artigo 33 Compete ao 2o DIÁCONO: a) Manter a ordem e disciplina durante as sessões. b) Estar sempre atento para evitar que qualquer Obreiro abandone o Templo durante os trabalhos sem a prévia permissão do Venerável Mestre. c) Levar da coluna do Norte para a coluna do Sul, a palavra vinda do Oriente, ao abrir e encerrar-se a Loja, colocando-se, em seguida, junto ao Altar dos Juramentos, ao Sul. Artigo 34 Compete ao PORTA-ESPADA: a) Ser o portador da Espada Flamígera quando do batismo do recipiendário. Artigo 35 Compete ao PORTA-ESTANDARTE: a) Ser o guarda da insígnia da Loja. b) Ser o portador da insígnia da Loja, quando do batismo do recipiendário. Artigo 36 Compete ao 1o EXPERTO: a) Proceder ao escrutínio secreto. b) Substituir o 2o Vigilante, quando este estiver substituindo o 1o Vigilante. c) Auxiliar a guarda e o policiamento de Templo, devendo estar atento para evitar que qualquer Obreiro passe de uma para outra coluna sem ter obtido a necessária permissão. Artigo 37 Compete ao 2o EXPERTO: a) Substituir o 1o Experto em suas faltas e impedimentos, sem nenhuma possibilidade de substituir os Vigilantes. b) Apresentar aos visitantes o Livro onde devam assinar e entregá-lo ao Orador para ser confrontada a assinatura com o NE VARIETUR dos seus títulos. c) Auxiliar a guarda e o policiamento de Templo, devendo estar atento para evitar que qualquer Obreiro passe de uma para outra coluna sem ter obtido a necessária permissão. Artigo 38 Compete ao 3o EXPERTO: a) Substituir o 1o e 2o Expertos em suas faltas e impedimentos, sem nenhuma possibilidade de substituir os Vigilantes. b) Auxiliar a guarda e o policiamento de Templo, devendo estar atento para evitar que qualquer Obreiro passe de uma para outra coluna sem ter obtido a necessária permissão. Artigo 39 Compete ao GUARDA DO TEMPLO: a) Guardar a porta do Templo, impedindo que os trabalhos sejam perturbados por pessoas estranhas. b) Não consentir que ingressem no Templo os que não estiverem regulares e Maçonicamente vestidos. c) Não permitir a saída de qualquer Irmão sem a autorização do Venerável Mestre. d) Anunciar a presença de quem bate à porta do Templo ao 1o Vigilante, não consentindo a entrada de qualquer Irmão sem prévia autorização do Venerável Mestre. Artigo 40 Compete ao COBRIDOR: a) Impedir que sejam perturbados os trabalhos por qualquer pessoa estranha. b) avisar ao Guarda do Templo, para que esse leve ao conhecimento do Venerável Mestre, qualquer anormalidade que exija solução imediata. c) Fazer conservar silêncio rigoroso no átrio, auxiliando com zelo a manutenção da ordem e da disciplina dos Oficiais responsáveis pelas mesmas. Artigo 41 Compete ao ARQUITETO: a) Ser responsável pelo mobiliário, objetos e utensílios da Loja, devendo ter um livro de inventário para anotação dos bens existentes. b) Notificar ao Venerável Mestre quaisquer estragos ou avarias havidos nos bens da Loja sob sua responsabilidade, propondo a aquisição ou a substituição dos artigos imprestáveis. c) Preparar o Templo para as sessões, com a ajuda dos Aprendizes, a fim de treiná-los, pelo menos 30 (trinta) minutos antes do início da sessão; se a sessão for no grau de Companheiro, contará com a ajuda destes e, sendo no grau de Mestre, contará com a ajuda dos Mestres mais modernos. d) Requisitar da Tesouraria ou da Secretaria os objetos necessários ao preparo da Loja. Artigo 42 Compete ao MESTRE DE BANQUETE: a) Requisitar ao Venerável Mestre os valores necessários para as despesas com os ágapes. b) Prestar contas ao Venerável Mestre das despesas realizadas com os ágapes. c) Fiscalizar a feitura dos ágapes, dos quais vão depender a boa lembrança dos Irmãos quando regressarem aos seus lares. Artigo 43 Compete ao MESTRE DE HARMONIA: a) Levar os Irmãos à meditação e a intuição, pelas músicas adequadas. Artigo 44 Compete ao BIBLIOTECÁRIO: a) Ser responsável pela biblioteca e seus utensílios, devendo ter um livro de inventário para anotação dos bens existentes. Artigo 45 Compete à COMISSÃO CENTRAL: a) Dar parecer sobre matéria que dependa de interpretação de Leis e Regulamentos. b) Dar parecer sobre recompensa e honrarias Maçônicas. c) Dar parecer sobre legalidade de qualquer projeto de reforma dos Estatutos e Regimento Interno. d) Dar parecer sobre assuntos não atribuídos a outras comissões permanentes. e) Opinar sobre os casos submetidos a seu estudo, orientando a providência legal que convenha adotar. Artigo 46 Compete à COMISSÃO DE FINANÇAS: a) Examinar, trimestralmente, os balancetes da Tesouraria e da Hospitalaria e, anualmente, o balanço da receita e despesa da Loja. b) Examinar os livros, contas e demais documentos da Tesouraria e Hospitalaria. c) Dar parecer sobre os atos da Tesouraria ou sobre qualquer proposta, requerimento ou indicação que envolva as finanças da Loja, fundamentando suas conclusões. Artigo 47 Compete à COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERNAS: a) Participar das embaixadas ou caravanas que devem visitar outras Lojas da Obediência ou de outra Jurisdição reconhecida pela Grande Loja Maçônica O.´.D.´.C.´.M.´.E+C.´.D.´.U.´.. Artigo 48 Compete à COMISSÃO DE SOLIDARIEDADE: a) Propor os auxílios aos necessitados. b) Averiguar, quando determinado, o alegado sobre os necessitados ou auxiliados, emitindo seu parecer. c) Auxiliar o Irmão Hospitaleiro em suas funções, quando necessário. § Único– O Irmão Hospitaleiro, obrigatoriamente, fará parte desta Comissão. Artigo 49 As Comissões darão seus pereceres em 15 (quinze) dias, concluindo pela aprovação ou rejeição das propostas, ou sugerindo medidas que melhor atendam aos interesses da Loja. § Único - As Comissões serão responsabilizadas pelos atrasos, não justificados, na emissão de seus pareceres. CAPÍTULO X DAS SESSÕES Artigo 50 A Loja reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por semana, com presença mínima de sete Obreiros, sendo três Mestres e com início previsto para as 20:00 horas e, sempre que possível, encerramento de seus trabalhos às 22:00 horas. Artigo 51 A Loja poderá reunir-se extraordinariamente, sempre que convocada pelo Venerável Mestre. § Único - A convocação extraordinária será feita por aviso postal ou verbalmente, com pelo menos 15 (quinze) dias de antecedência, determinando dia e hora e informando a Ordem do Dia. Artigo 52 A Freqüência às sessões da Loja é obrigatória para todos os seus Membros, salvo motivo de força maior, ou aspecto legal. Artigo 53 Durante as reuniões deverá estar presente, em lugar visível, a Carta Constitutiva da Loja. Artigo 54 Durante as sessões, no desenvolver dos trabalhos, os rituais deverão ser rigorosamente observados. Artigo 55 Uma vez por trimestre haverá sessão de Finanças, para o exame da prestação de contas do Tesoureiro. CAPÍTULO XI DAS FINANÇAS E PATRIMÔNIO Artigo 56 A receita da Loja constará de mensalidades, taxas, rendas de bens patrimoniais, juros, rendas eventuais e donativos ou outros bens escriturados a qualquer título. Artigo 57 As despesas da Loja constarão de taxas e emolumentos da Grande Loja Maçônica O.´.D.´.C.´.M.´.E+C.´.D.´.U.´., material de expediente, despesas gerais autorizadas, aquisição de bens, benefícios, e tudo mais que constar devidamente no orçamento anual da Loja. Artigo 58 Anualmente a Administração da Loja organizará o orçamento das despesas e da receita da Loja, a vigorar no exercício seguinte, depois de submetido à aprovação da Loja. Artigo 59 Todas as contas serão pagas pelo Tesoureiro, depois de autorizadas pelo Venerável Mestre. Artigo 60 Se, por motivo de força maior, não puder ser votado o orçamento, será considerado prorrogado o orçamento anterior. Artigo 61 Nenhuma despesa será efetuada fora da receita orçamentária, sem pedido de crédito extraordinário ou especial. Artigo 62 O ano financeiro da Loja começará no dia 1o de junho e terminará no dia 31 de maio de cada ano subsequente. Artigo 63 A nova Administração poderá submeter à apreciação da Loja um novo orçamento, em substituição ao programado, após parecer da Comissão de Finanças. Artigo 64 Na primeira Sessão do mês de junho de cada ano, a Tesouraria apresentará o Balanço Geral do Exercício Financeiro da Loja, acompanhado de documentos e parecer da Comissão de Finanças. Artigo 65 O patrimônio da Loja, de acordo com os Estatutos, será ilimitado e constituído de: a) Bens imóveis que a Loja possua ou venha a possuir. b) Móveis, utensílios, paramentos e alfaias. c) Apólices de dívida pública, ou documentos que representem valor. CAPÍTULO XII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 66 A Loja reger-se-á pelo rito adhoniramita até o 3º - terceiro grau - e grau exclusivo Elus Cohen franco-maçonico até 0 11º, por seus Estatutos e pelo Regimento Interno, Constituição, Regulamento Geral e demais Leis da Grande Loja Maçônica O.´.D.´.C.´.M.´.E+C.´.D.´.U.´.. Artigo 67 O dia 15/11/2008, data de fundação da Augusta Grande Loja Maçônica O.´.D.´.C.´.M.´.E+C.´.D.´.U.´.., deverá ser festejado, anualmente, com solenidade adequada. Artigo 68 As eleições da Administração e Comissões obedecerão às normas dos Estatutos e Regimento Interno desta Loja, além do Código Eleitoral, Constituição e Regulamento Geral da Grande Loja Maçônica O.´.D.´.C.´.M.´.E+C.´.D.´.U.´., realizando-se na primeira quinzena de maio e a posse será no mês de junho de cada ano. Artigo 69 Qüinqüenalmente será constituída uma comissão de revisores deste Regimento, tendo em vista atualizá-lo diante das leis, das condições supervenientes, inclusive do desenvolvimento da Grande Loja Maçônica O.´.D.´.C.´.M.´.E+C.´.D.´.U.´., da Loja e das demais Lojas Jurisdicionadas. § 1o - Será constituída uma comissão de 05 (cinco) membros, sendo sempre que possível de 03 (três) Ex-Veneráveis e 02 (dois) Mestres Maçons (estes de livre escolha do Venerável Mestre em exercício), que o presidirá. Após a conclusão dos trabalhos, o assunto será levado à apreciação e posterior aprovação pela Assembléia. § 2o - Extraordinariamente, o presente Regimento Interno só poderá ser reformado ou alterado, no todo ou em parte, em sessão, obrigatoriamente, com a presença de 2/3 dos Obreiros do Quadro da Loja. Artigo 70 Todos os casos omissos neste Regimento Interno serão resolvidos pela Loja, de acordo com os princípios Maçônicos, observados os Estatutos e Regimento Interno em vigor. CAPÍTULO XIII DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Artigo 71 Os jovens Demolays e Lowtons que se iniciarem na Grande Loja Maçônica O.´.D.´.C.´.M.´.E+C.´.D.´.U.´.. não estão sujeitos às taxas da Loja, somente as da Grande Loja Maçônica O.´.D.´.C.´.M.´.E+C.´.D.´.U.´.. Artigo 72 Os sócios Fundadores que não aderiram espontaneamente ao pagamento das mensalidades, estão dispensados, pagando, entretanto, as taxas devidas à Grande Loja Maçônica O.´.D.´.C.´.M.´.E+C.´.D.´.U.´.. § Único - Revogam-se os dispositivos do presente Regimento Interno que contrariarem nosso estatuto em vigor, as Leis do País, Constituição e Regulamento Geral da Grande Loja Maçônica O.´.D.´.C.´.M.´.E+C.´.D.´.U.´. a quem esta Loja está subordinada. Artigo 73 O presente Regimento Interno entrará em vigor na data de sua aprovação, revogadas as disposições em contrário. O segredo do presente documento é deixado à lealdade e à honra de quem com ele é honrado. JOAO MIGUEL DO MONTE ANDRADE GRÃO-MESTRE GERAL.

CONVITE PARA OS NÃO INICIADOS

Ilustríssimo Senhor A ORDEM DOS CAVALEIROS MAÇONS ELUS-COHENS DO UNIVERSO tem ao longo de séculos de existência, desempenhado papel fundamental no desenvolvimento e aperfeiçoamento das nações e das pessoas. Em todas as grandes mudanças e transformações pelas quais passaram nossa sociedade, e pelas quais ainda passará, A ORDEM DOS CAVALEIROS MAÇONS ELUS-COHENS DO UNIVERSO tem trabalhado de maneira incessante na luta pela liberdade, pela igualdade de direitos e principalmente no desenvolvimento de um mundo mais justo e fraterno para todos; e o que tem atraído para a ORDEM um expressivo número de personalidades, cientistas, acadêmicos, empresários, artistas, etc... Dentro desta esperança e consciência, e, crendo ser sua Ilustríssima pessoa um perfil adequado a Nossa Augusta Ordem, lhe enviamos este convite oficial, a fim de avançarmos em direção a uma relação mais próxima e efetiva entre Vossa Senhoria e a grande loja DA ORDEM DOS CAVALEIROS MAÇONS ELUS-COHENS DO UNIVERSO, entidade de Rito maçônico, regularmente constituída, portadora de tratados internacionais de cooperação, trabalhando e operando no seu exclusivo Rito de 11º, dos Elus Cohen, Antigo e Aceito, e estabelecida em nossa cidade. Converse com um Elus Cohens e conheça mais sobre nós e nossos projetos, tendo ainda a oportunidade e privilégio de preencher uma solicitação de filiação manifestando seu interesse em se tornar um maçom E+C. Sem mais, e crendo em seu interesse para a próxima iniciação que acontecerá às 19:30hs do dia ___/____/_____. ORDEM DOS CAVALEIROS MAÇONS ELUS-COHENS DO UNIVERSO GRANDE LOJA Jurisdição América-Latina Porto Velho-RO, ____de ____ de 2012. Envie um e-mail e solicite sua ficha de inscrição e mais informações O segredo do presente documento é deixado à lealdade e à honra de quem com ele é honrado.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Ocultismo Versus Artes Ocultas – Por Miguel Montte (Traduzindo Helena P. Blavatsky)

(Extraído do livro "Ocultismo Prático", de Helena P. Blavatsky, Editora Teosófica, Brasília-DF)
"Tantas vezes ouvi dizer, mas jamais até então acreditara, Que houvesse pessoas que, por meio de poderosos encantamentos mágicos, Dobrassem aos seus vis propósitos as leis da Natureza."

Suas concepções dos poderes que o Ocultismo confere ao homem, e dos meios necessários para consegui-los, são tão variados quanto fantasiosos. Alguns imaginam que tudo que necessitam para tornar-se um Zanoni, é um mestre na arte para indicar o caminho. Outros crêem que se tem apenas de atravessar o Canal de Suez e ir até a Índia para transformar-se num Roger Bacon ou mesmo num Conde St. Germain. Muitos adotam Margrave como seu ideal, com sua juventude sempre a se renovar, e pouco se importam com a alma como o preço a ser pago por isso. Muitos confundem "Feitiçaria", pura e simples, com Ocultismo - "através do sumidouro da Terra, a partir das trevas do rio Estige, subi, fantasmas descarnados, para regiões de luz" - e desejam, com a força deste feito, ser tratados como Adeptos de plena grandeza. "A Magia Cerimonial", de acordo com as regras irreverentemente apresentadas por Eliphas Levi, constitui um outro alter ego imaginário da filosofia dos antigos Arhats. Em suma, os prismas através dos quais o Ocultismo aparece, para aqueles inocentes da filosofia, são tão multicoloridos e variados como lhes pode tornar a fantasia humana.
Será que esses candidatos à Sabedoria e ao Poder sentir-se-iam muito indignados se lhes fosse contada a verdade pura e simples? Não é apenas útil, mas agora se tornou necessário desiludir a maioria deles, e antes que seja tarde demais. Esta verdade pode ser dita em poucas palavras: Não há, no Ocidente, entre as centenas de pessoas fervorosas que se dizem "Ocultistas", nem mesmo meia dúzia que tenham sequer uma idéia aproximadamente correta da natureza da ciência que eles procuram dominar. Com umas poucas exceções, estão todos no caminho que leva à Feitiçaria. Que eles restabeleçam um pouco de ordem no caos que reina em suas mentes antes de protestarem contra esta afirmativa. Deixemos que primeiro aprendam a verdadeira relação entre Artes Ocultas e Ocultismo, e a diferença entre ambos, e então se enfureçam se ainda se acharem com razão. Enquanto isso, deixemos que aprendam que o Ocultismo difere da Magia e das outras Artes Secretas como o glorioso Sol difere de uma luz fugidia, assim como o imutável e imortal Espírito do Homem - o reflexo do TODO Absoluto, sem causa e incognoscível - difere do barro perecível - o corpo humano.
Em nosso Ocidente altamente civilizado, onde as línguas modernas têm evoluído e novas palavras têm sido cunhadas sob o influxo de novas idéias e pensamentos - como tem acontecido com todas as línguas - quanto mais estes pensamentos se tornam materializados na fria atmosfera do egoísmo ocidental e sua busca incessante pelos bens deste mundo, tanto menos se sente qualquer necessidade para a produção de novos termos que expressem aquilo que se considera implicitamente como absoluta e desacreditada "superstição". Tais palavras poderiam apenas responder a idéias que dificilmente se suporia um homem culto pudesse abrigar em sua mente.
"Magia" é um sinônimo para prestidigitação; "Feitiçaria", um sinônimo para ignorância crassa; e "Ocultismo", os tristes restos mortais de perturbados filósofos medievais do Fogo, dos Jacob Boehmes e os St. Martins, expressões que se acredita mais que amplamente suficientes para cobrir todo o campo da "falcatrua". São termos de desprezo, e geralmente usados apenas com relação à escória e aos resíduos das idades das trevas e dos períodos de eons de paganismo que os precederam. Por isso, não possuímos termos na língua portuguesa para definir e matizar a diferença entre tais poderes paranormais e as ciências que levam à posse deles, com a refinada precisão que é possível nas línguas orientais - preeminentemente no sânscrito. O que palavras como "milagre" e "encantamento" (palavras afinal idênticas em significado, já que ambas expressam a idéia de produzir coisas maravilhosas transgredindo as leis da Natureza [!!], como explicado pelas autoridades reconhecidas), significam àqueles que as ouvem ou as pronunciam? Um cristão acreditará piamente em milagres - não obstante "transgridam as leis da Natureza" - porque se diz terem sido produzidos por Deus através de Moisés; por outro lado, rejeitará os encantamentos produzidos pelos mágicos do Faraó ou irá atribuí-los ao demônio. É este último que nossos piores inimigos associam ao Ocultismo, enquanto seus ímpios desafetos, os infiéis, riem-se de Moisés, dos Mágicos, e dos Ocultistas, e enrubesceriam se tivessem que dedicar um pensamento sério a tais "superstições". Isto porque não existe qualquer termo para mostrar a diferença; não há palavras para expressar as luzes e sombras e desenhar a linha demarcatória entre o sublime e verdadeiro, em relação ao absurdo e ridículo. Os últimos são interpretações teológicas que ensinam "a transgressão das leis da Natureza" pelo homem, por Deus, ou pelo diabo; os primeiros - os "milagres" científicos e os encantamentos de Moisés e dos Magos de acordo com as leis naturais, ambos tendo sido aprendidos em toda Sabedoria dos Santuários, que eram as "Sociedades Reais" daqueles dias - e no verdadeiro OCULTISMO. Esta última palavra certamente se presta a equívocos, traduzida como foi da palavra composta Gupta-Vidyâ, "Conhecimento Secreto". Mas conhecimento de quê? Alguns dos termos sânscritos nos podem ajudar.
Há quatro nomes (dentre muitos outros) para designar os vários tipos de Conhecimento ou Ciência Esotéricos, mesmo nos Purânas exotéricos. Há (1) Yajña-Vidyâ, conhecimento dos poderes ocultos despertados na natureza pela realização de certas cerimônias e ritos religiosos. (2) Mahâvidyâ, o "grande conhecimento", a magia dos cabalistas e da adoração Tântrica, geralmente Feitiçaria da pior espécie. (3) Guhya-Vidyâ, conhecimento dos poderes místicos residentes no Som (Éter), conseqüentemente nos Mantras (preces cantadas ou encantamentos), que dependem do ritmo e da melodia usados; em outras palavras, uma performance mágica baseada no conhecimento das Forças da Natureza e suas correlações; e (4) ÂTMA-VIDYÂ, um termo que é traduzido simplesmente como "Conhecimento da Alma", Sabedoria verdadeira pelos orientalistas, mas que significa muitíssimo mais.
Âtma-Vidyâ é, assim, o único tipo de Ocultismo que qualquer teósofo que admirasse Luz no Caminho, e que fosse sábio e altruísta, deveria esforçar-se por alcançar. Tudo o mais é apenas algum ramo das "Artes Ocultas", i.e., artes baseadas no conhecimento da essência última de todas as coisas nos reinos da Natureza - tais como minerais, vegetais e animais - portanto das coisas pertencentes à esfera da natureza material, por mais que aquela essência possa ser invisível, e tenha escapado até agora à compreensão da Ciência. A Alquimia, a Astrologia, a Fisiologia Oculta, a Quiromancia existem na Natureza, e as Ciências exatas - assim chamadas talvez porque elas sejam julgadas o inverso disso, nesta era de filosofias paradoxais - já descobriram não poucas das artes acima. Mas a clarividência, simbolizada na Índia como o "Olho de Shiva", ou chamada "Visão Infinita" no Japão, não é hipnotismo, o filho ilegítimo do mesmerismo, e não pode ser adquirida por tais artes. Todas as outras podem ser dominadas e se pode obter resultados, sejam bons, maus, ou indiferentes; mas são de pouco valor do ponto de vista de Âtma-Vidyâ. Âtma-Vidyâ inclui todas elas e pode até mesmo usá-las eventualmente, para propósitos benéficos, mas não sem antes purificá-las de sua escória, e tomando o cuidado de destituí-las de todo elemento de motivação egoísta. Deixe-nos explicar: Qualquer homem ou mulher pode pôr-se a estudar uma ou todas das "Artes Ocultas" acima especificadas sem qualquer grande preparação prévia, e mesmo sem adotar qualquer modo de vida demasiado restritivo. Poder-se-ia até mesmo prescindir de qualquer padrão elevado de moralidade. No último caso, certamente, as probabilidades são de dez para um que o estudante iria se transformar num tipo de feiticeiro razoável, e prestes a cair abruptamente na magia negra. Mas o que pode isso importar? Os Vodus e os Dugpas comem, bebem e se divertem com as hecatombes de vítimas de suas artes infernais. E assim também os afáveis cavalheiros vivisseccionistas e os "Hipnotizadores" diplomados das Faculdades de Medicina; a única diferença entre as duas classes é que os Vodus e Dugpas são feiticeiros conscientes, e os seguidores de Charcot-Richet são feiticeiros inconscientes. Assim como ambos têm que colher os frutos de seus trabalhos e feitos na magia negra, os praticantes ocidentais não deixarão de conseguir lucros e satisfações sem receber a punição e a reputação correspondentes a tais práticas; repetimos, portanto, que o hipnotismo e a vivissecção, como praticados em tais escolas, são feitiçaria pura e simples, privados do conhecimento do qual desfrutam os Vodus e Dugpas , e que nenhum Charcot-Richet pode obter por si mesmo em cinqüenta anos de intenso trabalho e observação experimental. Deixe¬mos, então, aqueles que querem intrometer-se na magia - quer eles entendam sua natureza ou não, mesmo que considerem as regras impostas aos estudantes muito difíceis e por isso ponham de lado Âtma-Vidyâ ou Ocultismo - seguirem sem esse conhecimento. Deixemos que se tornem magos de qualquer maneira, mesmo que se tornem Vodus e Dugpas pelas próximas dez encarnações.
Mas o interesse de nossos leitores estará provavelmente centrado naqueles que são inexoravelmente atraídos para o "Oculto", embora nem façam idéia da verdadeira natureza daquilo a que aspiram, nem se tenham tornado livres das paixões, e muito menos, verdadeiramente altruístas.
Então, o que dizer a respeito destes desventurados, nos perguntarão, que desse modo são dilacerados pelo meio por forças conflitantes? Pois já foi comentado por demais para que se precise repetir, e o fato em si é obvio a qualquer observador, que uma vez que o desejo pelo Ocultismo tenha realmente despertado no coração de um homem, não lhe resta qualquer esperança de paz, nenhum lugar para descanso ou conforto em todo o mundo. Ele é impelido para os locais selvagens e desolados da vida por um incessante tormento e uma inquietude que não consegue apaziguar. O seu coração está demasiado cheio de paixão e desejo egoísta para lhe permitir passar pelo Portal de Ouro; ele não consegue encontrar descanso ou paz na vida comum. Terá ele então de cair inevitavelmente na feitiçaria e na magia negra, e através de muitas encarnações acumular para si um carma terrível? Não há outro caminho para ele?
Certamente que há, respondemos. Que ele não aspire a mais do que aquilo que se sinta capaz de realizar. Que ele não escolha carregar um fardo pesado demais para si. Sem nem mesmo exigir dele que se torne um Mahatma, um Buda ou um Grande Santo, deixe-se que estude a filosofia e a "Ciência da Alma", e ele poderá tornar-se um dos modestos benfeitores da Humanidade, sem qualquer dos poderes "super-humanos". Os Siddhis (ou os poderes do Arhat) são reservados unicamente para aqueles que são capazes de consagrar sua vida, sujeitar-se aos terríveis sacrifícios exigidos por um tal treinamento, e sujeitar-se a eles ao pé da letra. Que eles saibam de uma vez por todas e lembrem sempre que o verdadeiro Ocultismo ou Teosofia é a "Grande Renúncia ao eu", incondicional e absolutamente, tanto em pensamento como em ação. É ALTRUÍSMO, e também lança aquele que o pratica totalmente para fora do cômputo das fileiras dos vivos. "Não para si, mas para o mundo, ele vive", tão logo tenha comprometido a si mesmo com a obra. Muito é perdoado durante os primeiros anos de provação. Mas tão logo seja ele "aceito", sua personalidade tem de desaparecer, e ele tem de se tornar uma mera força benéfica da Natureza. Depois disso, só há dois pólos opostos perante ele, duas sendas, e nenhum lugar intermediário para descanso. Ou ele ascende trabalhando com afinco, degrau por degrau, geralmente através de numerosas encarnações e sem intervalo para repouso no Devachan, à escada de ouro que leva à condição de Mahttma (a condição de Arhat ou Bodhisattva), - ou ele se permitirá escorregar escada abaixo ao primeiro passo dado em falso, e despencar até a condição de Dugpa...
Tudo isso ou é desconhecido ou totalmente deixado de lado. Na realidade, aquele que é capaz de seguir a evolução silenciosa das aspirações preliminares dos candidatos, com freqüência descobre estranhas idéias que vão mansamente tomando posse de suas mentes. Há aqueles cujas faculdades de raciocínio foram tão distorcidas por influências estranhas, que imaginam que as paixões animais podem ser de tal modo sublimadas e elevadas que sua fúria, força e fogo podem, por assim dizer, ser dirigidas para dentro; que elas podem ser armazenadas e reprimidas em seu peito, até que sua energia seja, não-expandida, mas direcionada para propósitos mais elevados e mais sagrados: isto é, até que sua força coletiva e não-expandida permita ao seu possuidor entrar no verdadeiro Santuário da Alma e lá permanecer na presença do Mestre - o EU SUPERIOR. Em nome deste propósito, eles não lutarão com suas paixões nem as matarão. Eles simplesmente, por um forte esforço de vontade, acalmarão as violentas chamas e as manterão encerradas dentro de suas próprias naturezas, permitindo ao fogo arder sob uma fina camada de cinzas. Eles se submetem jovialmente à tortura do menino espartano que preferiu permitir à raposa devorar suas entranhas a desfazer-se dela. Oh, pobres visionários cegos!
Seria o mesmo que esperar que um bando de limpadores de chaminés bêbados, exaltados e sujos por causa de seu trabalho, pudessem ser encerrados num Santuário coberto com o linho mais puro e branco, e que, em vez de com sua presença sujar e transformar o lugar num monte de retalhos imundos, eles se tornassem mestres do recinto sagrado, e que finalmente de lá saíssem tão imaculados quanto o próprio recinto. Por que não imaginar que uma dúzia de gambás aprisionados na atmosfera pura de um Dgon-pa (mosteiro) possam sair dali impregnados com todos os perfumes e incensos lá usados?... Estranha aberração da mente humana. Poderia isto ser possível? Investiguemos.
O "Mestre", no Santuário de nossas Almas, é "o Eu Superior" - o espírito divino cuja consciência está baseada na Mente e apenas dela deriva (tal ocorre, de qualquer modo, durante a vida mortal do homem na qual ela se encontra cativa), e à qual convencionamos chamar de Alma Humana (sendo a "Alma Espiritual" o veículo do Espírito). Por sua vez, aquela (a alma pessoal ou humana) é, na sua forma mais elevada, um composto de aspirações espirituais, volições e amor divino; e em seu aspecto inferior, de desejos animais e de paixões terrestres que lhe são transmitidas por sua associação com o seu veículo, a sede de tudo isso. Ela desempenha o papel, portanto, de um elo e um meio entre a natureza animal do homem, a qual sua razão superior tenta subjugar, e a sua natureza espiritual divina em direção à qual ela gravita, sempre que obtiver vantagem em sua luta com o animal interior. Este último é a instintiva "Alma animal", e é o antro daquelas paixões que, como acabamos de mostrar, são acalentadas em vez de aniquiladas, e que alguns entusiastas imprudentes mantêm encerradas em seu peito. Será que eles ainda esperam desse modo transformar a corrente imunda do esgoto animal nas águas cristalinas da vida? E onde, em que terreno neutro, podem elas ser aprisionadas de modo a não afetarem o homem? As violentas paixões do amor e da luxúria ainda estão vivas, e ainda se lhes permite permanecer no lugar de seu nascimento - aquela mesma alma animal; pois tanto as porções superior e inferior da "Alma Humana" ou Mente rejeitam semelhantes companhias, ainda que não possam evitar ser maculadas por tais vizinhos. O "Eu Superior" ou Espírito é tão incapaz de assimilar tais sentimentos como o é a água de se misturar com o óleo ou impurezas líquidas gordurosas. Assim, é apenas a mente - o único vínculo e meio entre o homem da terra e o Eu Superior - que é a única sofredora, e que está em constante perigo de ser tragada por aquelas paixões, que podem ser reavivadas a qualquer momento, e perecer no abismo da matéria. E como pode ela alguma vez se afinar com a divina harmonia do Princípio superior, quando aquela harmonia é destruída pela mera presença de tais paixões animais, dentro do Santuário em preparação? Como pode a harmonia prevalecer e vencer quando a alma está maculada e distraída pelo turbilhão das paixões e pelos desejos terrenos dos sentidos do corpo, ou mesmo pelo "homem Astral"?
Pois este "Astral" - o "duplo" sombrio (tanto no animal como no homem) - não é o companheiro do Ego divino, mas do corpo terrestre. É o vínculo entre o eu pessoal, a consciência inferior de Manas, e o Corpo, e é o veículo da vida transitória, não da vida imortal. Tal qual a sombra projetada pelo homem, ele segue seus movimentos e impulsos servil e mecanicamente, apoiando-se assim na matéria sem jamais ascender ao Espírito. Somente quando o poder das paixões estiver totalmente morto, e elas tiverem sido esmagadas e aniquiladas na retorta de uma vontade inquebrantável; quando não apenas toda luxúria e desejos da carne estiverem mortos, mas também quando o reconhecimento do eu pessoal tiver sido aniquilado, e o "Astral", conseqüentemente, tiver sido reduzido a zero, é que pode ocorrer a União com o "Eu Superior". Assim, quando o "Astral" refletir apenas o homem conquistado, o que ainda vive mas que não mais deseja, a personalidade egoísta, então o brilhante Augoeides, o EU divino, pode vibrar em harmonia consciente com ambos os pólos da Entidade humana - o homem de matéria purificada, e a sempre pura Alma Espiritual - e erguer-se na presença do EU SUPERIOR, o Cristo dos Gnósticos místicos, congraçado, imerso, unido com ELE para sempre.
Como, então, poderia ser possível conceber que um homem entrasse pela "porta estreita" do Ocultismo quando seus pensamentos, a cada dia e hora, estão presos a coisas mundanas, desejos de posse e poder, à luxúria, à ambição, e aos deveres que, embora honrosos, são ainda da terra, terrenais? Mesmo o amor pela esposa e a família - a mais pura e mais altruísta das afeições humanas - é uma barreira ao verdadeiro Ocultismo. Pois se tomarmos como exemplo o sagrado amor de uma mãe por seu filho, ou o de um marido por sua esposa, mesmo nestes sentimentos, quando analisados em profundidade, e examinados criteriosamente, ainda há egoísmo no primeiro, e um egoïsme a deux no segundo exemplo.
Que mãe não sacrificaria, sem hesitar sequer um instante, centenas e milhares de vidas pela vida do seu filho do coração? E que amante ou marido digno deste nome não destruiria a felicidade de qualquer outro homem ou mulher ao seu redor para satisfazer o desejo daquela a quem ele ama? Mas isso é natural, dirão. Certamente, do ponto de vista das afeições humanas; mas não à luz do princípio daquele amor divino universal. Pois, enquanto o coração estiver cheio de pensamentos voltados para um pequeno grupo de eus, que nos são próximos e caros, que valor terá o resto da Humanidade em nossas almas? Que percentagem de amor e cuidado permanecerá para dispensar à "grande órfã"? E como a "ainda pequenina voz" far-se-á ouvida numa alma totalmente ocupada por seus próprios inquilinos privilegiados? Que espaço resta ali onde possam as necessidades da Humanidade imprimir-se em bloco, ou mesmo receber uma rápida resposta? E ainda assim, aquele que poderia lucrar com a sabedoria da mente universal tem que alcançá-la através do todo da Humanidade sem distinção de raça, cor, religião ou posição social. É o altruísmo e não o egoísmo, mesmo em sua concepção mais nobre e legal, que pode levar o indivíduo a fundir o seu pequeno eu no Eu Universal. É para estas necessidades e para esta obra que o verdadeiro discípulo do verdadeiro Ocultismo tem de se devotar se quiser alcançar a teosofia, a Sabedoria e o Conhecimento Divinos.
O aspirante tem de escolher absolutamente entre a vida do mundo e a vida do Ocultismo. É inútil e vão empenhar-se em unir os dois, pois ninguém pode servir a dois mestres e satisfazer a ambos. Ninguém pode servir ao seu corpo e à Alma superior, e cumprir com suas obrigações familiares e deveres universais, sem privar um ou outro de seus direitos; pois ou ele dará ouvidos à "ainda pequenina voz" e falhará em ouvir os apelos de seus pequeninos, ou ouvirá apenas os desejos destes e permanecerá surdo à voz da Humanidade. Isso seria uma luta incessante e enlouquecedora para quase todo homem casado que estivesse procurando o verdadeiro Ocultismo prático, em vez de sua filosofia teórica. Pois ele encontrar-se-ia sempre hesitante entre a voz impessoal do divino amor pela Humanidade, e a do amor terreno, pessoal. E isso só poderia conduzi-lo a falhar em um ou outro, ou talvez em ambas as obrigações. Pior do que isto. Pois, quem quer que seja indulgente, uma vez que tenha comprometido a si mesmo com o OCULTISMO, na gratificação de luxúria e amor terrenos, sentirá quase imediatamente um resultado: será irresistivelmente arrastado do estado impessoal divino para o plano inferior da matéria. A autogratificação sensual, ou mesmo mental, envolve a perda imediata dos poderes de discernimento espiritual; a voz do MESTRE não pode mais ser distinguida daquela das paixões pessoais, ou mesmo da voz de um Dugpa; o certo do errado; a firme moralidade do mero casuísmo. O fruto do Mar Morto assume a mais gloriosa aparência mística, apenas para se tornar cinzas nos lábios e fel no coração, resultando em:
"Profundeza mais que profunda, treva mais que escura; A insensatez pela sabedoria, a culpa pela inocência; A angústia pelo êxtase, e pela esperança, o desespero."
E uma vez estando enganados e tendo agido segundo seus erros, a maioria dos homens recusa-se a reconhecer os seus erros, e assim descem, afundando-se cada vez mais baixo na lama. E muito embora seja a intenção que determina primariamente se a prática é de magia branca ou negra, ainda assim os resultados, mesmo da feitiçaria involuntária e inconsciente não deixarão de produzir mau carma. Muito já se falou para mostrar que feitiçaria é qualquer tipo de influência maléfica aplicada em outras pessoas, fazendo com que sofram ou façam outras pessoas sofrerem, por conseqüência. O carma é uma pedra pesada lançada sobre as plácidas águas da vida; e tem de produzir círculos cada vez mais amplos, que se expandem mais e mais, quase ad infinitum. Tais causas, uma vez produzidas, terão de gerar efeitos, e estes evidenciam-se nas justas leis de Retribuição.
Muito disso poderia ser evitado se as pessoas apenas se abstivessem de partir para práticas cuja natureza ou importância elas não compreendem. Não se espera que alguém carregue um fardo além de suas forças e capacidades. Existem "magos de nascença"; Místicos e Ocultistas de nascimento, por direito de herança direta de uma série de encarnações e eons de sofrimentos e fracassos. Estes são "à prova de paixões", por assim dizer. Nenhum fogo de origem terrena pode inflamar quaisquer de seus sentidos ou desejos, nenhuma voz humana pode encontrar resposta em suas almas, exceto o grande clamor da Humanidade. Apenas estes podem ter certeza do sucesso. Mas somente podem ser encontrados em lugares distantes e ermos, e eles passam pelas estreitas portas do Ocultismo porque não carregam qualquer bagagem de sentimentos humanos transitórios consigo. Livraram-se do sentimento da personalidade inferior, paralisaram desse modo o animal "astral ", e assim a porta de ouro, conquanto estreita, se abre ante eles. Tal não ocorre com aqueles que ainda precisam carregar por várias encarnações os fardos dos pecados cometidos em vidas prévias, e mesmo em suas vidas atuais. Para esses, a não ser que prossigam com grande cuidado, a porta de ouro da Sabedoria pode ser transformada na porta larga, "o espaçoso caminho que conduz à perdição", e por isso "muitos são os que entram por ele". Esta é a Porta das Artes Ocultas, praticadas por motivos egoístas e sem contar com a moderadora e benéfica influência de ÂTMA-VIDYÂ! . Estamos no período de Kali Yuga, e sua influência fatal é mil vezes mais poderosa no Ocidente do que no Oriente; daí as presas fáceis dos Poderes da Idade das Trevas neste conflito cíclico, e as muitas ilusões com as quais o mundo está agora labutando. Uma destas, é a relativa facilidade com que os homens fantasiam poder alcançar o "Portal" e atravessar o umbral do Ocultismo sem qualquer grande sacrifício. É o sonho da maioria dos teósofos, sonho inspirado pelo desejo de poder e pelo egoísmo pessoal, e não são tais sentimentos que poderão conduzi-los à meta desejada. Pois, como bem enunciado por aquele que se crê ter sacrificado a si mesmo pela Humanidade - "estreita é a porta e apertado é o caminho que conduz à vida eterna", e portanto "poucos são os que o encontram". Tão apertado na realidade, que à simples menção de algumas das dificuldades preliminares, os apavorados candidatos ocidentais viram as costas e recuam tremendo...
Que parem por aqui e não façam mais tentativas em sua grande fraqueza. Pois, se enquanto viram as costas à porta estreita eles são arrastados por seu desejo pelo Oculto, um passo que seja na direção da Porta espaçosa e mais convidativa daquele mistério dourado que brilha na luz da ilusão, pior para eles! Só podem ser levados aos domínios inferiores do estado de Dugpa, e certamente logo encontrar-se-ão naquela Via Fatale do Inferno, por sobre cujos portais Dante gravou essas palavras:
"Per me si va nella città dolente
Per me si va nell' eterno dolore
Per me si va tra la perduta gente..."
Tradução de Edvaldo de Souza Batista (membro da S. T. pela Loja Koot Hoomi, de Salvador-BA); revisão técnica de Ricardo Lindemann (membro da S. T. pela Loja Dharma, de Porto Alegre-RS).